Brasil

Sindicato não confirma morte de professora durante protesto no Rio

Mensagens postadas no Facebook informavam que uma professora de arte havia falecido por complicações causadas pela inalação dos gases lançados pelos policiais

Felipe Castanheira
postado em 02/10/2013 15:32
Policiais usaram bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e balas de borracha contra os professores em greve
O boato surgido nas redes sociais sobre a morte de uma professora durante as manifestações desta terça-feira não foi confirmado pelo Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (SEPE). A entidade emitiu uma nota informando que seus dirigentes foram ao Hospital Souza Aguiar, ao Instituto Médico Legal e também em centros de atendimento na região onde houveram confrontos com a PM, mas que não houve nenhum óbito relacionado aos protestos.

Mensagens postadas no Facebook informavam que uma professora de arte havia falecido por complicações causadas pela inalação dos gases lançados pelos policiais e que o corpo teria sido encaminhado para o Hospital Souza Aguiar. A reportagem também entrou em contato com o Hospital, que informou não haver nenhuma vítima fatal em função das manifestações.



Em 2 de agosto, Fernando da Silva Candido, morreu após apresentar problemas respiratórios depois de participar de uma manifestação que foi reprimida com gás lacrimogênio no centro do Rio. No dia 21 de julho a gari Cleonice Vieira de Moraes, de 51 anos, faleceu depois de sofrer duas paradas cardíacas quando a polícia de Belém jogou gás lacrimogênio em manifestantes em frente a prefeitura da cidade.

Professores da rede estadual e municipal do Rio de Janeiro estão em greve há mais de 50 dias e no dia 25 de setembro ocuparam a Câmara Municipal em protesto contra o novo plano de carreira proposto do prefeito Eduardo Paes (PMDB). O grupo foi retirado a força da câmara no dia 29 e nesta terça-feira houveram novos confrontos entre policiais e manifestantes após a aprovação do projeto. Segundo a entidade, a proposta descumpria acordos anteriores com a prefeitura e não atendia às reivindicações dos profissionais da educação.

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