Brasil

Reitores de universidades do Rio criticam violência contra professores

Eles também pedem aos poderes constituídos do estado que se sensibilizem com as demandas apresentadas pelos professores e abram canais negociação

postado em 04/10/2013 19:27
Rio de Janeiro - Os reitores das universidades federais do Rio assinaram nota na qual repudiam e expressam preocupação com os atos violentos cometidos contra os professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira (4/10), os professores decidiram manter a greve, durante assembleia no Clube Municipal, na zona norte da cidade.



;Como representantes de instituições formadoras de um número expressivo de professores que atuam na rede pública, somos instados a nos posicionar, repudiando atos que colocam em risco a integridade física e emocional de profissionais que são responsáveis pela formação de crianças e jovens que representam o futuro de nosso estado e do país;, diz a nota.

Os reitores também pedem aos poderes constituídos do estado, sobretudo a Câmara de Vereadores, que se sensibilizem com as demandas apresentadas pelos professores e abram canais efetivos de negociação. ;De forma a que um legítimo plano de carreira represente os anseios do conjunto dos trabalhadores da educação e permitam o retorno à normalidade das atividades, garantindo que o processo educativo, tão necessário e primordial, se efetive e possamos oferecer à sociedade o ensino de qualidade pelo qual tanto lutamos e almejamos;, concluiu a nota.

Assinam o documento os reitores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Ana Maria Dantas Soares; da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Antônio Levi da Conceição; da UniRio, Luis Pedro San Gil Jutuca; e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto de Souza Salles, além do diretor-geral do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet- RJ), Carlos Henrique Figueiredo Alves.

O plano de cargos, carreiras e remunerações (PCCR) dos professores do município do Rio foi aprovado pela Câmara dos Vereadores na terça-feira (1;/10) e sancionado no dia seguinte pelo prefeito Eduardo Paes. Enquanto estava sendo votado, manifestantes contrários ao PCCR e policiais militares entraram em confronto na área externa da Casa Legislativa, na Cinelândia. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde 23 pessoas ficaram feridas.

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