Brasil

Atendimento de câncer faz ministério alterar regras por causa de prazo

Lei que determina que o tratamento da doença tem de começar em até 60 dias após o diagnóstico. Especialistas temem retrocessos na assistência

postado em 07/10/2013 08:17
Museu de Artes e Oficios, em Belo Horizonte, no outubro rosa: o câncer de mama está entre os tipos mais comuns
Para tentar cumprir a lei que estabeleceu prazo máximo de 60 dias entre o diagnóstico de câncer e o início do tratamento, o Ministério da Saúde modificará as regras que organizam o sistema de atendimento, estabelecidas na Portaria 741, de 2005. O texto com as alterações, elaborado discretamente por um grupo de trabalho da pasta, pegou especialistas da área de surpresa, ao ser publicado no Diário Oficial da União em agosto passado. Com o prazo para apresentar sugestões finalizado no último dia 13, profissionais de oncologia estão apreensivos com a redação final que o ministro Alexandre Padilha publicará em breve. O risco, segundo eles, é de grave retrocesso na assistência prestada ao paciente do Sistema Único da Saúde (SUS).



Uma das críticas veio da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC). A entidade se posicionou contra dispositivo do texto apresentado pelo governo federal que dispensa o cirurgião oncológico da equipe das Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons) ; hospitais menos completos que os Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacons). Juntos, Cacons e Unacons formam a rede de atendimento no país. ;Não podemos entender porque colocar essa modificação no momento em que todas as grandes instituições de câncer no mundo mostram que, depois do estágio da doença, o segundo fator prognóstico é o cancerologista cirúrgico. Uma cirurgia bem feita implica em maior chance de cura e menor necessidade de tratamentos mais caros;, indigna-se Robson Freitas de Moura, presidente da SBC.

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