postado em 16/10/2013 12:45
Rio de Janeiro ; O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o corte de pontos dos professores da rede estadual que aderiram à greve da categoria, que já dura mais de dois meses. Para a coordenadora do sindicato, Marta Moraes, a notícia da decisão divulgada ontem à noite (15/10), Dia do Professor, foi o único motivo de comemoração para a categoria.;Ontem, fomos às ruas sem motivo para comemorar, para exigir educação pública de qualidade. No Dia do Professor, o que ganhamos dos governos do Rio [prefeitura da cidade e governo do estado] foram ameaças de corte de ponto e demissões, então com essa decisão [do STF] nós nos sentimos respeitados, e foi um grande presente para os profissionais da educação;.
Marta ressaltou que a audiência de conciliação marcada pelo ministro do STF Luiz Fux para a próxima terça-feira (22), na sede da Corte, em Brasília, com a prefeitura, o governo estadual e representantes dos profissionais de educação, será muito importante para pressionar as autoridades a negociarem com a categoria.
;Nossa pauta não é apenas salarial, é principalmente pedagógica. Então, essa audiência de conciliação, esse espaço, é muito importante para buscarmos uma solução, para que a gente possa pautar nossas propostas com relação ao plano de carreira e outros temas. Eles têm que nos ouvir, este é um dos papéis dos governantes;, argumentou ela, ao adiantar que uma assembleia foi marcada para as 14h de hoje no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte, para decidir os rumos da greve.
A Secretaria de Estado de Educação informou, por meio de nota, que só vai se posicionar quando a Procuradoria-Geral do Estado for notificada sobre a decisão do STF. Na Secretaria Municipal de Educação, a informação é que continuará a haver cortes de ponto dos professores faltosos, visto que a decisão da Corte não se refere à prefeitura. Sobre a convocação para a audiência de conciliação do dia 22, a prefeitura informou que ainda não recebeu documento oficial do STF e que, por isso, não se manifestaria a respeito.