postado em 16/10/2013 13:27
Rio de Janeiro - Manifestantes de movimentos camponeses e de trabalhadores sem terra ocupam, desde o início da manhã desta quarta-feira (16/10), prédios públicos e rodovias em Goiás, reivindicando mais investimentos na agricultura familiar e reforma agrária. Três estradas chegaram a ser bloqueadas às 8h, mas apenas a BR-158, no trecho em Aragarças, continua com fluxo interrompido em uma ponte. Os participantes do protesto liberam o tráfego em alguns momentos, o que faz com que o congestionamento varie de um a seis quilômetros.O movimento está relacionado ao Dia Mundial da Alimentação, comemorado hoje. De acordo com Sandra Alves, da direção nacional do Movimento Camponês Popular, "é preciso construir um plano estrutural para o pequeno produtor do estado, com a criação de uma política de pequena agricultura e de alimentos saudáveis. Hoje é o Dia da Alimentação e têm lutas camponesas em todo o mundo".
Os manifestantes bloquearam em Goiânia, capital do estado, a entrada da Secretaria da Fazenda e pedem uma reunião com o governador, Marconi Perillo (PSDB). Entre as pautas do movimento, está a destinação de 3% do Orçamento estadual a políticas voltadas ao pequeno agricultor, incluindo assistência técnica, regularização fundiária e reforma agrária. Com o bloqueio, funcionários do órgão não conseguiram entrar no prédio pela manhã.
De acordo com Sandra Alves, cerca de 2,5 mil pessoas ; 1,5 mil em número da Polícia Militar - participam do ato em Goiânia. À tarde, os manifestantes fazem uma marcha até a sede do governo do estado, onde esperam encontrar o governador. A Secretaria de Fazenda chegou a confirmar o encontro, mas até 12h ainda não havia definição por parte do gabinete. Segundo a Polícia Militar de Goiás, o protesto durante a manhã foi pacífico.
Na BR-364, em Jataí, o bloqueio acabou às 9h10, segundo a Polícia Rodoviária Federal, depois de uma negociação entre os manifestantes e os policiais, que buscavam conter a insatisfação dos usuários da rodovia.
Em Mozarlândia, a GO-164 também chegou a ser fechada com pneus queimados e a presença de cerca de 250 pessoas, segundo a Polícia Rodoviária Estadual, mas o trânsito foi liberado por volta de 10h30 de forma pacífica. Agentes da corporação receberam orientação para ficarem atentos à movimentação dos manifestantes.