Brasil

Ativistas invadem laboratório em SP e libertam cães usados em testes

Grupo organiza protesto neste sábado. Abaixo-assinado conta com mais de 160 mil assinaturas pedindo o fim dos maus-tratos aos animais

postado em 18/10/2013 10:27
Cachorros da raça beagle que foram resgatados por ativistasUm grupo de ativistas invadiu a sede do laboratório do Instituto Royal, em São Paulo, e levou vários cães do complexo, na madrugada desta sexta-feira (18/10). A manifestação foi motivada por suspeitas de maus-tratos aos animais no local. Eles protestam desde o sábado (12/10) em frente ao prédio, localizado na cidade de São Roque.

No site do movimento global Avvaz.org um já conta com mais de 160 mil assinaturas, pedindo a implementação de métodos alternativos, substitutos ao uso de animais não humanos em laboratórios e em indústrias farmacêuticas. O movimento reivindica o fechamento do laboratório sob a acusação da prática de atos de crueldade contra animais em meio a testes com produtos farmacêuticos. O grupo cobra da Prefeitura de São Roque e também uma ação efetiva do Ministério Público (MP) na causa.



Os ativistas programaram para este sábado (19/10) uma manifestação pacífica na cidade de São Roque. Eles pedem a proibição em lei do uso de animais não humanos e a vivissecção, que é o ato de dissecar animais vivos, em praticas didáticas (instituições de ensino) e comerciais (cosmético e limpeza), uma vez que existem métodos alternativos e substitutos para tal.

[SAIBAMAIS]A reportagem ainda aguarda um posicionamento do Instituto Royal. Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que firmou há dois anos uma cooperação com o Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (Bracvam), ligado ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS-Fiocruz), para que sejam validados métodos alternativos que dispensem o uso de animais. ;As regras para o uso de animais em pesquisa não são definidas pela Anvisa e não são objeto de fiscalização da agência. Este tema é tratado na Lei 11.794, Lei Arouca, e pelos comitês de ética em pesquisa com animais, ligados ao Sistema de Comitês de Ética em Pesquisa;.

Segundo a agência, não há exigência expressa para uso de animais em testes. A agência tem responsabilidade na verificação de dados apresentados pelas empresas que comprovem a segurança dos diversos produtos registrados.

Sobre a lei

A Lei 11.974 afirma, em seu artigo terceiro, que são permitidos experimentos em animais vivos, visando a elucidação de fenônemos fisiológicos ou patológicos, mediante técnicas específicas e preestabelecidas. O monitoramento dessas atividades é feito pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea).

Em vídeo, os ativistas comentam sobre a situação dos animais no laboratório:

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