O teatrólogo pernambucano Vital Santos teve uma parada cardíaca e morreu nesta sexta-feira (18/10) pela manhã, aos 68 anos, no Recife. O artista sofria de leucemia e chegou a fazer um transplante de medula, mas não resistiu às complicações causadas pela doença. O enterro acontecerá amanhã, no cemitério Parque das Flores, em Tejipió, Zona Sul do Recife, em horário ainda não definido.
Vital iniciou a carreira em Caruaru, onde ajudou a fundar, em 1966, o Grupo Evolução. Em seguida, fundou também o Grupo Feira de Teatro Popular. Uma das suas peças mais conhecidas é Auto das Sete Luas de Barro, musical escrito em versos sobre o Mestre Vitalino. O texto dramático foi escrito em 1979 e premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCE), além de receber o extinto Prêmio Moli;re.
Sua carreira se notabilizou também por discutir temas sociais em peças como Rua do Lixo, 24 e O Sol Feriu a Terra e a Chaga Se Alastrou. Um de seus últimos trabalhos, de 2009, foi Cantigas do sol ; Dom Quixote de cordel, um tributo a Luiz Gonzaga. Este ano, Vital foi um dos homenageados do 19; Janeiro de Grandes Espetáculos. A sessão do Auto das Sete Luas de Barro programada para acontecer na próxima segunda-feira, no Fetsival de Teatro do Agreste (Feteag), está, a princípio, confirmada.