Rio de Janeiro ; Três dias depois de expulsos das escadarias da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, os manifestantes que estavam acampados no local voltaram nesta sexta-feira (18/10) a ocupar o espaço. Eles montaram uma barraca, colaram cartazes de protesto no prédio, discursaram contra a violência policial e fizeram um minuto de silêncio pelas pessoas que foram presas na última terça-feira (15/10), a maioria delas depois de ser cercada por dezenas de policiais militares, que os levaram em ônibus para as delegacias.
Dos 190 detidos, 84 foram presos e enviados para a cadeia, embora a Justiça tenha determinado a libertação de boa parte deles. Durante o ato, o nome de cada um foi chamado e os manifestantes gritavam ;presente;.
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A maior parte dos ativistas é formada por professores estaduais e municipais, além de estudantes, sindicalistas e lideranças indígenas. O magistério do município está em greve desde o dia 8 de agosto e luta contra o plano de cargos e salários enviado pelo prefeito Eduardo Paes e aprovado pela Câmara no último dia 1;. Durante a sessão, policiais militares impediram a entrada dos manifestantes no Palácio Pedro Ernesto, que se transformou em um grande confronto na Cinelândia.
Os Petroleiros em greve aproveitaram o protesto para distribuir panfletos contra o leilão do Campo de Libra, marcado para a próxima segunda-feira (21), na Barra da Tijuca. Um esquema de segurança especial, com apoio das Forças Armadas, foi montado em torno do hotel onde ocorrerá o leilão.