Brasil

Moradores protestam contra reintegração de posse na zona leste de São Paulo

No início desta manhã algumas pessoas colocaram fogo em pneus e outros materiais inflamáveis

postado em 21/10/2013 15:15
São Paulo - Já dura mais de sete horas a ação de reintegração de posse de um terreno da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), na região do Jardim Pantanal, em Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo. No final da manhã desta segunda-feira (21/10), houve um princípio de tumulto. Na tentativa de impedir a entrada das retroescavadeiras para derrubar os 150 barracos erguidos no local, algumas pessoas colocaram fogo em pneus e outros materiais inflamáveis.

Para dispersar os manifestantes, a Polícia Militar (PM) usou bomba de gás lacrimogêneo. Na semana passada, os moradores dessa ocupação já haviam feito um protesto contra a decisão judicial de despejo. Prevendo uma nova reação, a Justiça pediu a presença de policiais para o cumprimento do mandado de reintegração de posse.



A área de 8,5 mil metros quadrados foi ocupada por cerca de 400 pessoas nos dias 6 e 7 de setembro. O espaço é reservado para projetos de escolas, creches, ruas e praças, entre outros empreendimentos públicos, para atender a 9 mil famílias do núcleo residencial União de Vila Nova, informou por meio de nota a CDHU.

Homens do 2º Batalhão da PM, com o apoio de integrantes da Tropa de Choque, acompanham o cumprimento do mandado de reintegração de posse de um terreno da CDHU

Segundo a companhia, esse projeto de urbanização teve início há dez anos e envolveu um planejamento de drenagem e canalização de córregos, entre outras obras, para resolver o problema das constantes inundações em uma área de 900 mil metros quadrados.

A expectativa da companhia é finalizar as demolições das moradias de alvenaria irregulares na tarde de hoje. ;Desde a invasão dessas áreas, a CDHU insistiu em negociar a desocupação voluntária, mas não obteve êxito. A companhia esclarece que não conseguiu identificar as lideranças que organizaram a invasão e lamenta a situação das pessoas que foram vítimas da má-fé de ;lideranças; ilegítimas e inescrupulosas;, diz o comunicado.

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