Brasil

Rodovia de Minas interditada por manifestantes é liberada aos poucos

Moradores bloquearam a LGM-808 em manifestação contra a reintegração de posse, que pode ocorrer a qualquer momento

Pedro Ferreira
postado em 28/10/2013 11:49
Começou a ser liberada às 11h desta segunda-feira (28/10) a LGM-808, depois de um protesto de moradores no início da manhã. Uma pista está aberta nos dois sentidos e policiais militares negociam com os manifestantes a abertura total da estrada que liga Contagem a Esmeraldas, na Grande BH. Moradores bloquearam a rodovia em manifestação contra a reintegração de posse, que pode acontecer a qualquer momento, de um terreno ocupado no Bairro Tupã, em Contagem.

Polícia Militar monitora protesto na estrada que liga Contagem a Esmeraldas
De acordo com representantes da comunidade, a área ocupada no início deste ano estava ociosa e aproximadamente 150 famílias se instalaram na região. Segundo a prefeitura, a invasão está colocando e risco uma região é Área de Proteção Ambiental (APA) e uma Área de Preservação Permanente (APP) perto da Várzea das Flores.

Cerca de 300 manifestantes queimaram pneus e impediram a passagem de veículos nesta manhã. A Polícia Militar monitora o protesto. Dois motociclistas tentaram furar o bloqueio dos manifestantes e provocaram tumulto, sendo que um deles foi detido por militares. O grupo exige um posicionamento do prefeito de Contagem sobre a remoção de famílias. Uma ação de reintegração de posse tramita na Justiça e já está permitido que a PM cumpra o despejo das famílias. A corporação diz que só depende de um oficial de Justiça para apoiar a desocupação.



Foram mais de quatro horas de interdição total e centenas de pessoas aguardam dentro de carros e ônibus para passar. Algumas pessoas seguiram a pé por mais de 5 quilômetros para fugir do bloqueio.

Essa é a terceira manifestação dos moradores em menos de um mês. No dia 11 de outubro, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade informou que em 3 de maio deste ano o grupo ocupou uma área de proteção de quase um milhão de metros quadrados. De acordo com a secretaria, o impacto dessa ocupação para a várzea é perigoso por causar desequilíbrio ao meio natural e por oferecer risco ao sistema de abastecimento da lagoa, que fornecer água a 400 mil famílias da Grande BH.

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