Brasil

Trabalhadores dos portos do Rio de Janeiro fazem greve de 24 horas

De acordo com o Sindicato dos Portuários do Estado do Rio de Janeiro, o acordo coletivo da categoria já deveria ter sido assinado, mas a Companhia Docas não apresentou nenhuma contraproposta até o momento

postado em 07/11/2013 15:27
Os trabalhadores dos portos do Rio de Janeiro vão parar por 24 horas, em um greve de advertência. A paralisação começou às 7h desta quinta-feira (7/11). De acordo com o Sindicato dos Portuários do Estado do Rio de Janeiro, o acordo coletivo da categoria já deveria ter sido assinado, mas a Companhia Docas não apresentou nenhuma contraproposta até o momento.

Segundo o presidente do sindicato, Sergio Giannetto, os trabalhadores reivindicam aumento real, que não ocorre há pelo menos cinco anos. ;O acordo coletivo deveria ter sido assinado em junho, mas não foi até agora, fizemos proposta, negociamos e eles estão nos enrolando. Já faz cinco anos que dizem ;ano que vem vocês vão ter aumento real;, ;ano que vem vocês vão ter aumento real;. Então, nós estamos pedindo, além da inflação, 5% de aumento real e 5% de produtividade;.

A categoria também reivindica a regulamentação da guarda portuária, o reenquadramento dos funcionários ativos e aposentados, o pagamento de horas extras em feriados e mudanças nos critérios de concessão das promoções. ;Não usaram o percentual que tem que usar para isso;, alega Giannetto.



Além disso, segundo ele, as condições de trabalho são precárias. ;A empresa não dá as condições de trabalhar. Se a gente utilizar como tem que ser feita toda a fiscalização dos portões, dá um nó na cidade. Lá em Itaguaí, fizeram uma operação-padrão, fazendo exatamente o que o código manda fazer, está tendo engarrafamento. Nós tivemos 100% de adesão, parou totalmente;.

A Docas tem cerca de mil funcionários e é responsável pela operação dos portos do Rio de Janeiro, de Itaguaí, Angra dos Reis e de Niterói. Amanhã (8/11), o trabalho volta ao normal e na próxima terça-feira (12/11) haverá nova assembleia para decidir os rumos do movimento e avaliar uma possível greve por tempo indeterminado.

A Companhia Docas foi procurada pela Agência Brasil para se manifestar. Foi informado à reportagem que não há expediente hoje por causa da paralisação.

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