Depoimento prestado à polícia por Natália Mingoni Ponte, mãe de Joaquim Ponte Marques, 3 anos, encontrado morto no domingo, reforçou a suspeita da polícia sobre o padrasto do menino, Guilherme Raymo Longo. Joaquim desapareceu na terça-feira da semana passada, em Ribeirão Preto (SP). O corpo dele foi encontrado cinco dias depois em um rio, em Barretos (SP), a 150km da casa dele. No mesmo dia, Natália disse à polícia que Joaquim era visto por Guilherme como um incômodo na vida do casal. Presos temporariamente, o casal não foi ao enterro do corpo do menino, ontem, em São Joaquim da Barra (SP).
Segundo o promotor de justiça Marcus Túlio Alves Nicolino, do Ministério Público de São Paulo, que acompanhou o depoimento, Natália contou que Joaquim era visto como ;um empecilho; por Guilherme. ;Ela relatou que, sempre que o casal discutia, o padrastro dizia que o menino era o motivo da discussão por ser um pedacinho do ex-marido na vida dela;, disse Nicolino ao Correio. Guilherme também teria ameaçado Natália quando ela manifestou a vontade de se divorciar. Na ocasião, o padrastro teria ameaçado se matar. ;Ele teria dito que, assim, Natália ficaria com um pedacinho dele ; o filho dos dois ; e um pedacinho do ex-marido (Joaquim);, detalhou o promotor.
Outra revelação de Natália reforçou uma das principais hipóteses da polícia, de que o menino, que é diabético, possa ter sido vítima de uma superdosagem de insulina. Segundo o depoimento da mãe, dias antes de Joaquim desaparecer, Guilherme ; que declarou ser usuário de drogas ; disse que tomou duas doses da insulina do menino para se acalmar. Três dias depois do desaparecimento do garoto, no entanto, Natália foi à delegacia entregar o aparelho de aplicação do remédio, e Guilherme mudou de opinião, dizendo que, na verdade, havia tomado 30 doses do hormônio. ;Verificamos também que o padrasto havia feito uma busca na internet sobre insulina. Isso nos leva a crer que Joaquim pode ter morrido por terem injetado nele doses excessivas de insulina;.
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