Agência France-Presse
postado em 14/11/2013 17:25
O desmatamento da Amazônia subiu 28% em relação ao ano passado, considerado o menor da história, informou nesta quinta-feira (14/11) a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira."Confirmamos um aumento da taxa de desmatamento de 28%, alcançando [uma área de] 5.843 km2", informou a ministra em coletiva de imprensa. O resultado é, no entanto, provisório, e se refere ao calendário do governo brasileiro, que vai de agosto de 2012 a julho de 2013.
O anúncio foi feito pela ministra durante a realização da Conferência Mundial do Clima (COP-19), em Varsóvia.
No topo da lista estão os estados do Pará e do Mato Grosso, ambos com grande atividade pecuarista e intensa produção de soja, contabilizando um aumento de 37% e 52%, respectivamente.
A chefe da pasta convocou uma reunião de emergência com todos os secretários de Meio Ambiente dos estados amazônicos para pedir explicações e aplicar medidas para reverter a situação.
A reunião será realizada na terça-feira (19/11), quando a ministra chega ao Brasil após ter antecipado seu retorno. Ela criticou a fiscalização feita por alguns estados.
"O governo brasileiro não vai tolerar e considera inaceitável qualquer aumento do desmatamento ilegal", afirmou, garantindo que o país seguirá comprometido com uma drástica diminuição no desmatamento.
A ministra também afirmou que o governo não deixou de investir nesta área.
No Brasil, o desmatamento da maior floresta tropical do planeta alcançou o pico alarmante de 27.000 km; em 2004.
O resultado do último ano é um balde d;água fria nos esforços do governo na redução do desmatamento. Ainda assim, trata-se da segunda menor taxa histórica de desmatamento, atrás dos 4.571 km; desmatados em 2012, mas uma melhora em relação aos 6.418 km; de 2011.
Nos últimos meses, a reforma do Código Florestal vem causando um grande embate entre ambientalistas e agricultores. A principal polêmica gira em torno da lei que estabelece o percentual da floresta que deve ser respeitado por cada produtor, que chega a 80% na Amazônia.