postado em 01/12/2013 08:03
São Paulo ; Os estragos provocados pelo incêndio que ocorreu sexta-feira à tarde no Memorial da América Latina, na Zona Oeste de São Paulo, podem ser ainda maiores do que o divulgado inicialmente. Caixas com documentos importantes, inclusive plantas originais do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), podem ter sido destruídas pelas chamas. Francisco de Assis Gomes, de 67 anos, um dos funcionários responsáveis pelo arquivo do Memorial, está preocupado com o estado da documentação. ;Há várias caixas de documentos que eu mesmo arquivei lá, inclusive plantas originais de Oscar Niemeyer;, disse.
[SAIBAMAIS]O incêndio que causou apreensão em todo o país destruiu 90% do auditório Simon Bolívar, no Memorial, segundo o major do Corpo de Bombeiros Wagner Lechner. ;Queimou tudo. Só ficou um vazio lá dentro. As cadeiras, o palco, o revestimento das paredes, não sobrou nada;, disse o 1; tenente dos Bombeiros Mauro Brancalhão, um dos agentes que entrou no prédio para combater as chamas. O fogo danificou parte da obra da artista plástica Tomie Othake, uma tapeçaria de cerca de 800 metros quadrados. Mas o trabalho poderá ser refeito por tapeceiros, já que existe o projeto original, informou o presidente da Fundação Memorial da América Latina, João Batista de Andrade. O secretário estadual de Cultura, Marcelo Araujo, disse que a avaliação completa dos prejuízo e a decisão sobre as medidas que serão tomadas só serão feitas após a avaliação dos peritos.
O auditório Simon Bolívar, que integra o complexo do Memorial da América Latina, estava com o alvará de funcionamento vencido havia 20 anos, segundo informação da Secretaria Municipal de Licenciamento da Prefeitura de São Paulo. Em nota, o órgão comunicou que foi aberto um processo para emissão de um novo alvará, mas "não foram apresentados os documentos e os atestados assinados por profissionais responsáveis pelas condições de segurança".
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