postado em 01/12/2013 17:39
Um grupo de manifestantes participou neste domingo (1;/12) da 7; Marcha dos Imigrantes no centro da cidade, defendendo maior flexibilização da nova lei que regula a permanência dos estrangeiros no país. O ato pacífico reuniu cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar, mas estimado em quase mil pelos organizadores.Leia mais notícias em Brasil
A concentração começou por volta das 9h, na Praça da República, de onde os manifestantes saíram rumo à Praça da Sé. Por volta das 12h30, ocupavam duas faixas da Avenida São Luís, na esquina com a Rua da Consolação. Com a ajuda de um carro de som, bandeiras e cartazes, eles procuraram esclarecer a população sobre as reivindicações, com foco em favor de uma anistia que beneficie os estrangeiros que vivem ilegalmente no país.
Para o porta-voz do grupo, Nelson Bisson, um dos coordenadores do Centro de Apoio ao Migrante (Cami), é ;ruim; o teor da nova lei que trata da situação dos imigrantes, em tramitação no Congresso Nacional. ;Ela [lei] tem artigos que criminalizam os imigrantes;, justificou ele.
Bisson informou que tem aumentado a vinda de pessoas pobres oriundas, principalmente, da Bolívia, do Peru e da Colômbia. ;Muitos são atraídos por coiotes [intermediários] para trabalhar como escravos em oficinas de costuras e já chegam devendo pelo transporte, comida e outras despesas lançadas pelos agenciadores;.
Segundo ele, só na capital paulista existem entre 18 a 20 oficinas. Como são locais insalubres, as mães não podem manter os filhos junto delas nos locais de trabalho e, sem acesso a creches, essas estrangeiras sofrem muitos transtornos. Além disso, o porta-voz do grupo disse que a maioria não consegue tirar a documentação para legalizar a residência no país porque o trâmite é muito burocrático e caro.