postado em 03/12/2013 09:23
São Paulo ; Cinco testemunhas de defesa serão ouvidas na tarde desta terça-feira (3/12) pela Justiça Federal no caso que investiga o acidente com o avião da TAM, ocorrido em 2007. No acidente, 199 pessoas morreram após o avião não ter conseguido pousar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, vindo a se chocar contra um edifício da própria companhia aérea, que ficava localizado próximo ao aeroporto.Os depoimentos terão início por volta das 14h30 e serão fechados à imprensa e aos familiares das vítimas. Os nomes das testemunhas ainda não foram revelados pela Justiça Federal. Entre os dias 11 e 13 de novembro, outras sete testemunhas de defesa, arroladas pelos acusados, já foram ouvidas pelo juiz Márcio Assad Guardia, da 8; Vara Federal Criminal de São Paulo. Entre os dias 6 e 9 de dezembro, novas testemunhas de defesas serão ouvidas. Já no dia 11 será feita uma oitiva com uma testemunha de acusação, em Goiás.
Respondem ao processo a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, o então vice-presidente de operações da TAM, Alberto Farjeman, e o diretor de Segurança de Voo da empresa na época, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. Eles foram denunciados pelo procurador da República Rodrigo de Grandis e respondem pelo crime de ;atentado contra a segurança de transporte aéreo;, na modalidade culposa.
O procurador diz, no processo, que o diretor e o vice-presidente da TAM tinham conhecimento ;das péssimas condições de atrito e frenagem da pista principal do Aeroporto de Congonhas; e, mesmo assim, não tomaram providências para que, em condições de pista molhada, os pousos fossem redirecionados para outros aeroportos. Ambos também são acusados de não divulgar, a partir de janeiro de 2007, as mudanças de procedimento de operação com o reverso desativado (pinado) do Airbus-320.
Denise Abreu é acusada de agir com imprudência, ao liberar a pista do aeroporto, a partir do dia 29 de junho de 2007, ;sem a realização do serviço de grooving [ranhuras na pista que facilitam a frenagem das aeronaves] e sem fazer formalmente uma inspeção, a fim de atestar sua condição operacional em conformidade com os padrões de segurança aeronáutica;.