Jornal Correio Braziliense

Brasil

Presos por fraudar vestibulares agiam para garantir as próprias vagas

Segundo as investigações, pelo menos três pessoas das 21 que foram detidas tinham a intenção de se tornar médicos

Belo Horizonte - Parte da quadrilha presa na terça-feira (3/12) pela Polícia Civil de Minas Gerais acusada de fraudar vestibulares de medicina em escolas particulares mineiras e fluminenses agia com o objetivo de levantar fundos ou benefícios para garantir as próprias vagas em cursos. Segundo as investigações, pelo menos três pessoas das 21 que foram detidas tinham a intenção de se tornar médicos. Elas participariam do esquema agenciando clientes para o bando, que cobrava de R$ 30 mil a R$ 150 mil por vaga, de acordo com a modalidade da fraude escolhida. Uma das pessoas presas já estava cursando medicina e duas ainda aguardavam oportunidade de começar os estudos ilegalmente.



De acordo com as investigações, uma mulher de 26 anos presa na operação tinha o sonho de se tornar médica e chegou a fazer prova em uma instituição, não revelada, com um celular escondido. Ela receberia o gabarito fornecido pela quadrilha, mas não conseguiu usar o equipamento. A mulher, detida pela polícia em Inhapim (nordeste de Minas), buscaria clientes para o grupo. Outro que participaria do esquema para levantar recursos e entrar na faculdade de medicina é um rapaz de 22 anos, preso em Ipatinga, no Vale do Aço. Há a suspeita de que outra mulher, de 26 anos, que cursava medicina na Faminas, em Belo Horizonte, tenha entrado de modo fraudulento na instituição. Ela foi presa em Ipatinga, na casa de parentes, e também é acusada de buscar clientes para o grupo criminoso.

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