postado em 10/12/2013 13:16
O Superior Tribunal de Justiça deve decidir nesta terça-feira (10/12) se Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, pode ser solto. Há dez anos, ele comandou um crime brutal em São Paulo: o sequestro e o assassinato do casal de namorados Liana Friedenbach e Felipe Caffé, na época com 16 anos e 19 anos, respectivamente. A sessão está prevista para começar às 14h. Os detalhes sobre o processo são desconhecidos, pois o caso está em segredo de Justiça.A morte do casal ocorreu em novembro de 2003. Liana Friedenbach e Felipe Caffé acampavam em uma zona rural, a 36km do centro de São Paulo, quando foram surpreendidos por criminosos, entre eles Champinha, na época com 16 anos. As vítimas foram mantidas em cativeiro e torturadas. Felipe foi morto com um tiro na nuca. A jovem ainda foi violentada diversas vezes antes de morrer esfaqueada até a morte por Champinha. Os corpos deles só foram encontrados cinco dias após o crime.
Presos e julgados, os quatro comparsas de Champinha foram condenados. Ele não foi julgado, por ser menor de idade. Recebeu a penalidade máxima, por ato infracional grave, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de internação de no máximo três anos em uma unidade específica para adolescentes infratores.
Em 2006, quando o período de internação terminou, o Ministério Público de São Paulo apresentou uma ação de interdição civil, que foi acolhida pela Justiça. Champinha só não foi colocado em liberdade porque laudos psiquiátricos apontaram que ele tinha problemas mentais e a Justiça determinou que ele deveria continuar internado. Para cumprir a ordem, o governo de São Paulo criou a Unidade Experimental de Saúde, na Zona Norte da capital paulista, onde o assassino está até hoje.
Em novembro deste ano, o Ministério Público pediu à Justiça que Champinha passasse por uma nova avaliação médica, cujo resultado ainda não foi divulgado.