O Brasil conta cada vez mais com programas de pós-graduação de qualidade internacional, mas esse número de seletas instituições ainda representa apenas 12% dos 3.337 cursos avaliados entre 2010 e 2012, de acordo com estudo divulgado ontem pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Dentre os programas de mestrado e doutorado avaliados, 406 estão no topo da lista de excelência, mas só 12 são do Distrito Federal ; todos da Universidade de Brasília (UnB).
[SAIBAMAIS]Numa escala de 1 a 7, o estudo considera que apenas os programas com notas 6 e 7 são de qualidade internacional. De acordo com dados da Capes, a maioria ; 2.273 ; tem qualidade satisfatória (notas 3 e 4); 598 tiraram notas de excelência nacional (5), e 60, que ficaram abaixo da média, com notas 1 e 2, poderão ser descredenciadas pelo Ministério da Educação. A lista dos programas que receberam notas baixas será divulgada somente após analise dos recursos das instituições de ensino, que será feita pela própria Capes em até 30 dias.
Ao anunciar os resultados da pesquisa, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, rejeitou a ideia de que a quantidade de cursos de qualidade internacional é pequena em relação ao total de instituições brasileiras. Ele alegou que o percentual de programas que elevaram suas notas (23%) é maior do que os que sofreram queda de qualidade (8%), na comparação com a avaliação trienal de 2010. ;Houve uma evolução positiva da ampla maioria dos programas avaliados;, disse o ministro.
A UnB é um exemplo dessa ascensão. Na avaliação dos últimos três anos, a universidade triplicou a quantidade de cursos com excelência internacional. Os dois programas da instituição que receberam a nota máxima são os de antropologia/arqueologia e de matemática, estatística e probabilidade. O destaque para a área de exatas foi uma das novidades em relação à avaliação anterior, de acordo com o reitor da UnB, Ivan Camargo. ;Esse resultado foi superpositivo para universidade porque a avaliação da Capes é muito rigorosa;, comentou. No estudo anterior, a UnB teve apenas três programas com nota 6. Neste ano, foram 10.
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