Brasil

Promessa de 500 UPAs até 2014 está longe de ser cumprida pelo governo

Para alcançar meta propagandeada na campanha Dilma Rousseff teria que inaugurar um posto por dia

postado em 25/12/2013 07:00
Francisco das Chagas na UPA de Samambaia

A pouco mais de um ano do fim do mandato da presidente Dilma Rousseff, o governo deve se esforçar para cumprir a promessa de inaugurar 500 unidades de pronto atendimento (UPAs) até 2014. Para atingir a meta, ainda falta entregar 356 unidades ; praticamente uma por dia. Desde 2011, 144 Upas foram abertas. Além dessas, segundo o Ministério da Saúde, havia 145 unidades prontas quando a presidente assumiu o cargo, parte da herança do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também tinha se comprometido em abrir 500 postos, mas não cumpriu a promessa. Hoje, há 289 Upas em funcionamento.

As unidades fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e oferecem serviços como clínica geral, odontologia e pediatria, por exemplo. Importantes pela capacidade de desafogar urgências e emergências de hospitais, as unidades são usadas por Dilma e pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha como vitrines. A execução das obras, no entanto, segue em passos lentos. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Zilkoski, compara as Upas às creches prometidas pelo governo, cujas metas também não foram cumpridas. ;Ha um problema crônico em relação a esses programas. Nao vão para a frente porque não há dinheiro para manter as estruturas. A UPA é praticamente um hospital, mantê-la em bom estado custa caro;, diz.

O Ministério da Saúde repassa anualmente aos gestores entre R$ 1,2 milhão e R$ 3 milhões por ano para a manutenção das Upas, além do investimento para construção das unidades. Para Zilkoski, no entanto, o dinheiro não e suficiente. Ele diz, sem saber estimar, que há um grupo grande de Upas prontas que não estão em funcionamento justamente pela falta de recursos. ;Nosso alerta é sinal vermelho para qualquer convênio com a União, mas quase 100% dos prefeitos recorrem ao governo federal porque são estimulados, há propaganda, reunião, promessa;, adverte.

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