Brasil

Ministro da Justiça se reúne com Roseana para tratar de crise nos presídios

Encontro com José Eduardo Cardozo está previsto para o final da tarde desta quinta-feira (9/1)

postado em 09/01/2014 15:26
Crise nos presídios no Maranhão levou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a se reunir com a governadora Roseana Sarney
Para tentar resolver a crise no sistema penitenciário no Maranhão, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, viaja na tarde desta quinta-feira (9/1) para se reunir com a governadora do estado, Roseana Sarney (PMDB). O encontro está marcado para as 17h e, além de Cardozo, estarão presentes a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e o diretor de Políticas Penitenciárias do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Luiz Fabrício Vieira Neto. Os problemas nos presídios fizeram com que o ministro alterasse a agenda que, conforme o site da pasta, estavam previstos para hoje apenas despachos internos.

O governo do Maranhão vive nas últimas semanas uma de suas piores crises, em meio à barbárie na segurança pública do Estado, com ciranda da morte em presídio e o terror instalado nas ruas da capital, com o aumento da criminalidade.

Na última terça-feira (7/1), a Anistia Internacional considerou inaceitáveis os casos de presos decapitados nas penitenciárias e as denúncias de estupro de mulheres e irmãs de presidiários durante as visitas. A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu a investigação imediata de violência dentro de Pedrinhas. De acordo com autoridades do Maranhão, os ataques a ônibus e delegacias na última sexta-feira foram uma resposta dos criminosos às mudanças impostas pela polícia no interior do complexo penitenciário.



No dia 3, a Tropa de Choque encontrou com os presos até uma pistola calibre 380 dentro do Complexo de Pedrinhas, o epicentro da crise e de onde partem as ordens para ataques em São Luís. Também foram achados celulares e armas brancas. A ação da PM nos presídios começou no dia 27, após um ano em que as mortes no Complexo de Pedrinhas chegaram a 60, mais do que o índice dos 12 meses em várias cidades do País. Mesmo após a polícia assumir, porém, já houve outras mortes no local.

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