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Instituto reconhece Museu da Humanidade no Rio de Janeiro

Idealizador do espaço, o arqueólogo Cláudio Prado de Mello explica que o prédio do museu reproduz com exatidão o estilo islâmico da dinastia mameluca (1.250DC e 1.517DC), no Oriente Médio

postado em 13/01/2014 21:05
Rio de Janeiro ; O Rio de Janeiro ganhou nesta terça-feira (13/1) mais um museu oficial, reconhecido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o Museu da Humanidade, do Instituto de Pesquisa e Arqueologia do Rio de Janeiro (Ipharj). Criado em 2002, o espaço fica no bairro de Anchieta, na zona norte da cidade, tem 2,4 mil metros quadrados e funciona às sextas-feiras e aos domingos, das 10h às 17h, com visita marcada pelos telefones (21) 3358-0809 e 3358-4908.

Idealizador do espaço, o arqueólogo Cláudio Prado de Mello explica que o prédio do museu reproduz com exatidão o estilo islâmico da dinastia mameluca (1.250DC e 1.517DC), no Oriente Médio. ;É um prédio complexo e incomum. É uma recriação desse estilo específico da idade média, extremamente belo, pujante e suntuoso. Temos o uso extensivo de mármores desde os pisos aos tetos;, disse. ;Foi um desafio. Demoramos cerca de 35 anos para reunir o acervo, que é muito rico, tanto do Brasil quanto de outros países. Para nós, da instituição, é uma satisfação enorme poder contribuir para o conhecimento coletivo e poder dividir tudo o que reunimos nestes anos todos;.

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Com abordagem eclética, as exposições incluem coleções de cerâmica, tecelagem, lamparinas e documentos escritos com exemplares de vários períodos históricos. ;Como um museu da humanidade, temos a preocupação de mostrar o desenvolvimento dessas artes passando por diversas culturas do mundo, desde a formação do planeta até o século 19;, explica o arqueólogo. ;É um acervo realmente muito extenso e bonito;.

Dentre as relíquias pertencentes ao acervo, Mello ressalta anotações da esposa do pintor germânico renascentista Lucas Cranach (1473-1553), descobertas em capas de livros do período. ;Naquela época, como não tinham muito papel disponível, pois era um produto caro, quando faziam as capas de livros aproveitavam as cartas de correspondência que viravam lixo e colavam uma na outra com cola de farinha até virar papel grosso;, diz o arqueólogo. ;Estudiosos conseguiram descobrir essas cartas retirando essa cola de farinha;.

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