postado em 28/01/2014 12:42
Ante o surto de sarampo registrado em Fortaleza, a Secretaria de Saúde do Ceará promove nesta terça-feira (28/1) aulão para preparar profissionais de saúde para o controle da doença. Ao todo, mil gestores da área, médicos e enfermeiros de unidades básicas e de hospitais públicos e particulares de Fortaleza e da região metropolitana, divididos em duas turmas de 500, participam da iniciativa.De acordo com a secretaria, o objetivo é apresentar a atual situação epidemiológica do sarampo em todo o mundo, no Brasil e especificamente no estado; abordar a vigilância epidemiológica de casos considerados suspeitos; tratar dos aspectos clínicos da doença; e destacar a importância do diagnóstico e da imunização.
Dados da secretaria indicam que 75 casos suspeitos de sarampo foram notificados até o dia 24 de janeiro. Destes, dez foram confirmados por critério laboratorial, dez são suspeitos e 55 foram descartados pelos critérios clínico e laboratorial. Dos casos confirmados, seis são em menores de 1 ano de idade.
Na segunda-feira (27/1), postos de saúde em Fortaleza iniciaram uma campanha de vacinação contra sarampo em crianças de 6 meses a menores de 5 anos. Os casos da doença na cidade foram registrados depois de 15 anos sem nenhuma notificação em todo o estado.
O chamado dia D da campanha será no próximo sábado (1;), com a vacinação ampliada para postos de saúde de 14 municípios da região metropolitana: Caucaia, Maracanaú, Maranguape, Aquiraz, Eusébio, Pacajus, Horizonte, Pacatuba, Cascavel, Chorozinho, Guaiúba, São Gonçalo do Amarante, Itaitinga e Pindoretama.
Durante a vacinação, crianças vão receber a vacina tríplice viral, que também protege contra a rubéola e a caxumba e faz parte do calendário básico da vacinação. A expectativa é imunizar 160.551 crianças só em Fortaleza. Incluindo os 14 municípios da região metropolitana, a número aumenta para 246.036 crianças.
Segundo a Secretaria de Saúde, os casos confirmados em Fortaleza apresentaram o vírus do sarampo do genótipo D8, um tipo viral que está circulando em países como Inglaterra, Estados Unidos, Canadá e China, onde há uma elevada incidência da doença. No Brasil, estados vizinhos como Pernambuco e Paraíba, além de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina também estão com registros de casos.