postado em 30/01/2014 18:58
Pouco mais de dois anos após a tragédia provocada pelo desabamento do Edifício Liberdade, no centro do Rio, que provocou a queda de mais dois edifícios menores e a morte de 17 pessoas, no dia 25 de janeiro de 2012, a Justiça fez nesta quinta-feira (30/1) a segunda audiência do caso.Foram convocados para prestar depoimento sete testemunhas de defesa, três corréus e dois réus, ligados à empresa T.O. Tecnologia Organizacional, que funcionava no prédio e estava reformando um dos andares que ocupava. A audiência foi presidida pelo juiz da 31; Vara Criminal do Tribunal de Justiça, Roberto Câmara Lacê Brandão.
Uma das testemunhas arroladas pela defesa foi o engenheiro Bruno Contarini, que considerou não haver evidências de que a retirada das paredes do 9; andar tenha provocado a queda do edifício, segundo sustenta a acusação.
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Contarini disse que a queda de uma edificação nunca se dá por um único fator, mas pela soma de várias causas. Segundo ele, a construção da linha de metrô que passa sob a Avenida 13 de Maio, ainda na década de 70, teria provocado uma inclinação no prédio. Além disso, segundo o engenheiro, a construção posterior de mais cinco andares teria gerado acréscimo de carga sobre um dos pilares, que acabou ruindo.
Além dos mortos, a queda do Liberdade deixou cinco desaparecidos em meio ao monte de escombros formado com o desabamento. Somente em outubro do ano passado, foi feita a primeira audiência do processo penal que define as responsabilidades sobre a tragédia.