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Anistia Internacional faz campanha contra violência homofóbica na Rússia

A Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, foi escolhida para um protesto que chama a atenção para a violência praticada contra gays naquele país

postado em 02/02/2014 18:34
A poucos dias da abertura das Olimpíadas de Inverno, na Rússia, sob o Sol do verão carioca, a Praia de Ipanema foi escolhida neste domingo para um protesto que chama a atenção para a violência praticada contra gays naquele país. A organização não governamental Anistia Internacional colheu assinaturas de banhistas e soltou 500 balões coloridos na orla.
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De acordo com o assessor de direitos humanos da campanha ;Para Rússia, com amor;, Maurício Santoro, a ideia é aproveitar a atenção internacional sobre a Rússia para denunciar o problema e fazer um paralelo com a realidade brasileira. ;Também vamos sediar um mega evento esportivo, a Copa do Mundo, em um momento que a homofobia ainda está presente no país;, disse.

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Apesar de recentes avanços nos direitos civis da população LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e pessoas intersexo - de sexualidade ambígua), o assessor da Anistia cobra mudança na legislação brasileira para tratar como crime a violência e a discriminação contra gays, além de políticas públicas eficientes para provocar ;um mudança educacional e cultural;.

;Recentemente tivemos o beijo gay no horário nobre da televisão aberta e a resposta da sociedade foi majoritariamente positiva;, disse. Para ele, a recepção ao episódio ;mostra que a sociedade está em busca de abordagem mais tolerante;.

Banhistas que aderiram a campanha avaliam que a discriminação e o preconceito continuam impedindo casais do mesmo sexo de ter os mesmos direitos que os demais. ;Pela falta de conhecimento, acabam reproduzindo uma séria de atitudes agressivas contra nós, em ônibus, bares e restaurantes;, citou Maicon Carvalho de Souza, que estava na praia com o companheiro.

As assinaturas recolhidas no Brasil, pela Anistia Internacional, serão entregues ao embaixador da Rússia, Sergey Pogóssovitch Akopov, durante uma audiência com a entidade na próxima quinta-feira (6), em Brasília. A ação se somará a uma série de protestos organizados por escritórios da Anistia em todo o mundo contra a violência à gays e à ativistas de direitos civis naquele país.

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