Buenos Aires - Peritos trabalhavam neste domingo na identificação das vítimas do acidente rodoviário ocorrido na última sexta-feira em Mendoza, Argentina, quando um caminhão brasileiro bateu de frente em um ônibus, deixando 19 mortos, três deles alemães. A maioria das vítimas morreu carbonizada, e vários corpos desmembrados foram encontrados.
O Corpo Médico Forense de Mendoza realiza testes de DNA a partir de amostras de sangue de parentes das vítimas, mas estima-se que os resultados poderão demorar cinco dias.
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[SAIBAMAIS]O acidente aconteceu quando um ônibus de passageiros foi atingido de frente pelo caminhão, carregado de alho, que circulava na contramão por uma rodovia, em alta velocidade.
Poucos dados - Dezenove pessoas morreram e 14 ficaram feridas, segundo o ministro da Saúde de Mendoza, Matías Roby, embora a lista oficial da promotoria dê conta de 17 mortos. Segundo Roby, entre os mortos há três alemães, e um outro, em estado grave, está internado no Hospital Central de Mendoza.
Até o momento, foi identificado apenas o corpo de José Nievas, motorista do ônibus acidentado, da empresa Plusultra Mercosur, que havia partido de Córdoba com destino a Mendoza.
"Temos uma lista de 28 passageiros que viajavam no ônibus, mas assim como nove desceram em San Martín, outros desceram em La Paz, Villa Mercedes e San Luis, e algum passageiro pode ter embarcado em uma parada intermediária, sem estar registrado", explicou o delegado Juan Carlos Caleri, diretor geral da polícia de Mendoza.
;O choque nos arrancou do assento;. Quando ocorreu o choque frontal com o ônibus, o caminhão, de placa brasileira, era seguido pela polícia, que tentava pará-lo, após ser alertada por outros motoristas. Com o impacto, os dois veículos se incendiaram, e os sobreviventes escaparam pelas janelas.
"Conversava com minha mulher, o choque nos arrancou do assento e a fumaça tomou conta. Quebramos o vidro e nos jogamos", contou Edgardo Silva, que viajava no último assento do ônibus, de dois andares. A promotoria confirmou que o caminhão havia fugido de um controle alfandegário antes do acidente.
O serviço de emergência 911 recebeu alertas sobre a suposta embriaguez do motorista, após um incidente com um motorista antes de o caminhão acessar a rodovia em que ocorreu a tragédia.
O promotor Martín Scattareggi disse que o estado do corpo do caminhoneiro impede a perícia necessária para determinar se o mesmo estava embriagado.
Em declarações à AFP, Sadi Guidini, responsável pela logística da empresa ACM Transporte, de Realeza, Paraná, à qual pertencia o caminhão, disse suspeitar de que o motorista, identificado como Genésio Mariano, 35, tenha sido assaltado, e garantiu que o mesmo tinha experiência e responsabilidade.