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Rebelião em penitenciária em PE acaba com dois mortos e oito feridos

Os mortos, ambos feridos à bala, chegaram sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Igarassu, enquanto os feridos foram levados para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista

Diário de Pernambuco
postado em 13/02/2014 15:24

Os mortos, ambos feridos à bala, chegaram sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Igarassu, enquanto os feridos foram levados para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista

O Batalhão de Choque deixou, por volta das 13h30, a Penitenciária Agroindustrial São João, mais conhecida como Penitenciária Agrícola de Itamaracá (PAI), na Região Metropolitana do Recife. De acordo com a A Secretaria Estadual de Ressocialização (SERES), a situação no local está totalmente controlada.

A pasta confirmou oficialmente o saldo de dois detentos mortos e outros oito feridos durante um revelião registrada na manhã desta quinta-feira. No entanto, a lista com os nomes destes presos não foi divulgada. Profissionais do serviço de saúde limitarem-se a perguntar, aos familiares que aguardavam por informações, os nomes dos parentes detentos para em seguida negar que eles estivessem entre as vítimas.

Os mortos, ambos feridos à bala, chegaram sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Igarassu, enquanto os feridos foram levados para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista. Um boletim sobre os estados de saúde ainda não foi divulgado pelo hospital.

Depois de deixar o interior do prédio, o promotor da Vara de Execuções Penais (VEP), Marcellus Ugiette, disse que o cenário é de destruição. Atualmente, a unidade abriga 1.870 presos, mas tem capacidade para 650. O Batalhão de Choque realiza uma vistoria no presídio e as unidades do Corpo de Bombeiros já deixaram o local.

Os mortos, ambos feridos à bala, chegaram sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Igarassu, enquanto os feridos foram levados para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista

Durante o tumulto, os presidiários ergueram o corpo de um homem sujo de sangue, informando, com gestos, que ele estaria morto. Em seguida, voltaram a erguer o homem, desta vez, coberto por um lençol. Os presos também exibiriram faixas e cartazes, exigindo a saída do diretor da unidade e melhoria na qualidade das refeições. Os detentos mostravam porretes e facões. A situação foi tensa. Enquanto os presos atiravam pedras, os policiais disparavam tiros de balas de borracha.

Por volta das 10h, depois de cerca de três horas de rebelião, viaturas do Batalhão de Choque e da Companhia Indepentende de Operações Especiais (Cioe) entraram na unidade prisional. A imprensa recebeu ordens de se afastar da entrada do prédio e, após serem ouvidos sons de explosões, provavelmente das chamadas bombas de efeito moral, os detentos, que antes se aglomeravam em cima do telhado e pelas janelas, não foram mais vistos. As nuvens de fumaça que saíam das celas também foram dissipadas.

No início da manhã, a Seres alegava que apenas uma minoria dos detentos participava do tumulto, enquanto a maioria estaria nas celas. O secretário da pasta, Romero Ribeiro, está no presídio, ao lado do diretor da unidade, Ricardo Pereira, e do comandante da corporação, o tenente coronel Walter Benjamin.

Com informações dos repórteres Wagner Oliveira e Beatriz Lacerda, da TV Clube

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