postado em 18/02/2014 10:33
A terceira etapa do julgamento do Massacre do Carandiru continua nesta manhã de terça-feira (18/2) com os depoimentos de duas testemunhas de defesa. Nessa segunda-feira (17/2) foi iniciada essa fase do júri, que pode condenar ou absolver policiais envolvidos no massacre ocorrido em 1992. Duas testemunhas de acusação foram ouvidas: o perito Osvaldo Negrini Neto e o diretor de disciplina do presídio Moacir dos Santos. Nesta etapa, 15 réus estão sendo julgados pela morte de oito presos, além de duas tentativas de homicídio. Deverão ser ouvidos hoje o ex-secretário de Segurança Pública, Pedro Campos, e um agente penitenciário, cujo nome não foi ainda revelado. Um dos desembargadores que ele pensava interrogar não será ouvido por problemas de saúde. Em entrevista aos jornalistas após o primeiro dia de julgamento, os promotores Márcio Friggi de Carvalho e Eduardo Olavo Canto Neto disseram ter provas da culpa dos policiais e informaram que estas provas serão apresentadas no decorrer do julgamento.
O advogado Celso Machado Vendramini, que defende os policiais, disse que seus clientes estão sendo julgados sem provas. Apesar disso, ele encarou que os depoimentos tomados hoje foram favoráveis aos réus. ;Entendo que, com relação aos policiais que estão sendo julgados hoje, [os depoimentos de hoje] não influenciaram em nada com relação a estes réus e à culpabilidade deles até porque, no quarto pavimento em que eles se encontravam, onde tinha 60 celas, foi encontrado apenas um disparo de arma de fogo dentro de uma cela só;, disse o advogado.
O maior massacre do sistema penitenciário brasileiro aconteceu no dia 2 de outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos durante a invasão policial para reprimir uma rebelião no Pavilhão 9 do Presídio do Carandiru.
Com informações da Agência Brasil