Deputados do DEM reuniram-se ontem com a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e a de políticas para as mulheres, Eleonora Menicucci, para pedir a revisão do contrato de trabalho dos profissionais cubanos no programa Mais Médicos. Participaram do encontro o líder do partido na Câmara, Mendonça Filho (PE), e os deputados Ronaldo Caiado (GO) e Mandetta (MS). Os parlamentares alegam que as informações divulgadas pela médica Ramona Matos Rodríguez, que fugiu da iniciativa, atestam as condições de exploração em que trabalham os profissionais da ilha caribenha. Pediram também que as ministras ajudem a acelerar a análise do pedido de refúgio da profissional.
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Ao descobrir que outros estrangeiros do programa recebem R$ 10 mil, Ramona afirma ter sido enganada. Os cubanos ganham US$ 400 (cerca de R$ 950). De acordo com a médica, outros US$ 600 são depositados em uma conta em Cuba para ser acessada apenas quando ela voltar e US$ 50 podem ser movimentados pelos parentes. A cubana contou também que era vigiada e seus relacionamentos pessoais eram controlados por um colega de Cuba. ;Há relatos de que a médica estava sendo submetida a um regime de semiescravidão, que não respeita o direito de ir e vir dos cubanos. Até relacionamento sexual e de caráter afetivo deve ser autorizado pelo governo de Cuba;, disse o líder do DEM na Câmara. Os parlamentares querem que as ministras intervenham na alteração do contrato dos profissionais. ;Elas (ministras) devem empreender esforços no sentido de que o governo corrija os desacertos;, avaliou Mendonça.
Refúgio
A médica cubana fugiu de Pacajá (PA) em 1; de fevereiro para Brasília, onde foi acolhida por parlamentares do DEM. Ela pediu refúgio no Brasil e um visto à Embaixada dos Estados Unidos. Há cerca de 1,5 mil pedidos de refúgio na frente do dela e, de acordo com a legenda, as ministras se comprometeram a contribuir com a agilização do processo.
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