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Caso Adidas é o segundo em dez dias que relaciona Brasil ao turismo sexual

um jornal catarinense de grande circulação veiculou um encarte turístico direcionado a estrangeiros com fotos de mulheres seminuas

O presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, disse hoje em coletiva à imprensa que o caso das camisetas da Adidas é o segundo de grandes proporções em menos de dez dias que relaciona o Brasil ao turismo sexual. O governo brasileiro pretende se reunir com a Fifa e com os patrocinadores da Copa do Mundo para discutir o tema e montar uma estratégia de combate à exploração sexual. "Felizmente [no caso Adidas] prevaleceu o bom senso e a empresa viu que era uma prática comercial totalmente lesiva no que se refere ao mercado brasileiro", avaliou Dino.

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[SAIBAMAIS]Há cerca de 10 dias, um jornal catarinense de grande circulação veiculou um encarte turístico direcionado a estrangeiros com fotos de mulheres seminuas. A Embratur entrou em contato e manifestou-se contra a publicação e o jornal retratou-se. Em seguida, a Adidas lançou uma camiseta em edição especial da Copa do Mundo no Brasil com figuras que vinculam o Brasil ao turismo sexual. Depois de notificação da Embratur, a empresa anunciou que vai tirar do mercado as camisetas.

Segundo Dino, do ponto de vista quantitativo a modalidade de turismo sexual não são expressivos. "Em 2013 os casos foram muito raros", defendeu, acrescentando que a Embratur parte de denúncias. Em 2013 foi registrado apenas um caso, de uma agência de turismo americana que vendia pacotes para turismo sexual no Amazonas travestido de pacote de pesca. O presidente reconhece que há uma subnotificação de casos, mas há um trabalho do governo para combater essa associação.

"Queremos uma Copa acolhedora, cordial. Sabemos que a maioria dos estrangeiros que nos visita tem um espirito de festa, que faz parte da cultura brasileira. Mas isso não quer dizer que vale tudo", defendeu Dino.