postado em 26/02/2014 19:21
Responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica Sinop, a Companhia Energética Sinop pretende antecipar em pelo menos oito meses a entrega da obra. Dessa forma, o início da operação seria antecipado de janeiro de 2018 para maio de 2017, informou à Agência Brasil o diretor de Obras Civis e Financeiro da companhia, José Piccolli Neto.;O cronograma normal do contrato é para [operar com] a primeira unidade em janeiro de 2018. Nossa meta é antecipar em pelo menos oito meses a entrada em operação da primeira unidade. E ainda contratar as duas unidades até maio de 2017, para colocá-las em operação;, disse Picolli após a cerimônia de assinatura do contrato de concessão para exploração do potencial hidrelétrico da usina.
Localizada no Rio Teles Pires, em Mato Grosso, a hidrelétrica acrescentará 400 megawatts (MW) de capacidade instalada e 239,8 MW médios de garantia física de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN). ;Há expectativa nessa região, norte do Mato Grosso, que é uma das que mais crescem e onde há o agronegócio;, acrescentou Piccolli.
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A expectativa é gerar, durante a fase de construção da obra, ;quase 4 mil empregos diretos na região, e 12 mil indiretos, com a cadeia [de negócios que será desenvolvida];. A previsão é que sejam investidos R$ 1,78 bilhão, valor que, segundo Piccolli, pode ficar ainda mais próximo de R$ 2 bilhões.
A usina contará com reservatório de regularização de vazões, que armazena água no período das chuvas e libera ao longo da época de estiagem. Isso permitirá que a geração de energia ocorra durante o todo o ano e proporcionando significativo aumento da energia gerada por esta e pelas demais usinas hidrelétricas a jusante, nos rios Teles Pires e Tapajós.
O leilão de concessão da usina foi feito em 29 de agosto do ano passado. Durante a cerimônia, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, voltou a defender as concessões feitas no setor energético. ;Dispomos hoje de cerca de 117 mil MW de energia hídrica e térmica, e estamos caminhando na fronteira das eólicas e da biomassa. Temos a energia nuclear boa, firme e limpa. Temos um coronário de fontes energéticas que nos garante o sistema. A garantia também é dada pelos 126 mil quilômetros de redes de transmissão;, afirmou.
;Os governos dos últimos 11 anos fizeram cerca de 40% de tudo que o que temos hoje", disse Lobão, referindo-se aos "mais de 140 anos" de iniciativas destinadas à geração e transmissão de energia.