postado em 01/03/2014 17:43
Em decisão anunciada na tarde deste sábado de carnaval (1;/3), a desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo, do Tribunal Regional do Trabalho do Estado do Rio de Janeiro (TRT/RJ), declarou a ;abusividade e ilegalidade; de qualquer movimento de paralisação dos garis vinculados à Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).A sentença destaca que o ;movimento paredista; ocorre no curso da negociação do dissídio coletivo de 2014 da categoria. A juíza determinou a imediata suspensão do movimento, de forma a garantir o funcionamento dos serviços essenciais de coleta e disposição do lixo domiciliar e urbano, ;sob pena de multa diária no caso de descumprimento;. A multa tem valor de R$ 25 mil.
Apesar de o sindicato da categoria negar agora que esteja havendo paralisação, as ruas da capital fluminense amanheceram cobertas de lixo esta manhã. A Lapa, tradicional bairro boêmio, permaneceu suja até as 9h, quando alguns garis apareceram para retirar o lixo que ficou das festas de carnaval de ontem. Em passeata dissolvida pela Polícia Militar durante a tarde, manifestantes também anunciavam a greve.
De acordo com a decisão do TRT/RJ, é recomendada a abstenção de qualquer tentativa de paralisação sem comunicação prévia no prazo legal de 72 horas. O documento destaca, ainda, que embora a Justiça do Trabalho reconheça a razoabilidade das pretensões dos funcionários em questão, não foi feita assembleia pelo sindicato da categoria legitimando o movimento grevista.
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Em nota oficial divulgada neste sábado (1;/3), o vice-presidente do Sindicato de Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro, Antonio Carlos da Silva, informou que ;não há qualquer movimento de paralisação ou greve na cidade do Rio de Janeiro;. Segundo a nota, ;os rumores de uma ameaça de paralisação vêm sendo alardeados por um grupo sem representatividade junto à categoria;. O sindicato reafirmou que segue negociando com a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb).
Também em nota, a prefeitura do Rio, por meio da Comlurb, reiterou a informação dada pelo sindicato de que ;não existe greve de garis na cidade;. A companhia comunicou que se mantém em negociação com o sindicato da categoria, ;como faz todos os anos no período do acordo coletivo;.
O esquema de trabalho montado pela Comlurb para o carnaval deste ano envolve 1.875 trabalhadores por dia, até a próxima terça-feira (4). De acordo com informação da assessoria de imprensa da companhia, desse total, 1.080 estão encarregados de fazer a limpeza nas ruas, após a passagem dos blocos. Outro contingente, de até 600 garis, atuará na limpeza de todas as áreas do Sambódromo, diurna e noturna, incluindo o Terreirão do Samba.
Os garis trabalharão também na Estrada Intendente Magalhães, em Campinho, onde ocorrem os desfiles das escolas de samba dos grupos C, D e E, além da Lapa, Cinelândia e Avenida Rio Branco, onde também haverá desfiles até o dia 4. Em todos os eventos do carnaval, no ano passado, foram recolhidos pela Comlurb 1.120 toneladas de resíduos.
Para o serviço de coleta de materiais recicláveis no Sambódromo do Rio, a Comlurb disponibilizou 98 garis, que terão apoio de 44 catadores . A iniciativa resulta de parceria entre a Comlurb, a Coca-Cola Brasil, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) e a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur). O resultado apurado com a venda do material é destinado aos próprios catadores. No carnaval de 2013, foram coletadas na Marquês de Sapucaí 60 toneladas de latas de alumínio e garrafas plásticas durante os dias de desfiles.
A Comlurb alerta os foliões que vão brincar nos blocos de rua para que não sujem a cidade. Duzentas e seis equipes dos agentes do Lixo Zero estarão nas ruas durante o período do carnaval para multar quem for flagrado jogando detritos no chão. A multa soma R$ 157, de acordo com a Lei de Limpeza Urbana. A mesma multa será aplicada para quem for pego urinando na rua.