Brasil

Comlurb anuncia demissão de 300 garis que não compareceram ao trabalho

De acordo com a companhia, a demissão está prevista na Cláusula 65 do acordo firmado entre a companhia e o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro

postado em 04/03/2014 15:01

Após quatro dias de greve parcial, há lixo acumulado em várias ruas da cidade

A Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb), da prefeitura, iniciou nesta manhã (4) o processo de demissão de 300 funcionários que não compareceram ao trabalho para o turno das 19h de ontem (3).

De acordo com a companhia, a demissão está prevista na Cláusula 65 do acordo firmado entre a companhia e o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro. Quem voltou ao trabalho terá os dias parados abonados.

[SAIBAMAIS]O acordo firmado ontem entre a categoria e a Comlurb prevê 9% de aumento salarial para os cerca de 15 mil garis da cidade. O piso salarial inicial será R$ 874,79, mais 40% de adicional de insalubridade que elevará o salário para R$ 1.224,70. Além do aumento salarial, o acordo estipula mais 1,68% no Plano de Cargos, Carreiras e Salários, com progressão horizontal, bônus de 100% na hora extra para quem trabalhar nos domingos e feriados, mantendo o direito à folga, como já é previsto em lei; plano odontológico, ampliação do prêmio do seguro de vida de R$ 6,3 mil para R$ 10 mil, aumento do vale-alimentação de R$ 12 para R$ 16, auxílio-creche para ambos os sexos e acordo de resultados possibilitando um 14; e 15; salários.



A empresa diz que, por lei, as duas partes tinham até o dia 31 de março para fechar um acordo, ;mas tendo em vista o movimento de um grupo sem representatividade que vinha interferindo na rotina do trabalho de limpeza da Comlurb nos últimos dias, a companhia e o sindicato aceleraram as negociações e definiram itens importantes da pauta de reivindicações;.

Por sua vez, o movimento grevista alega que o sindicato não representa a categoria e vinha negociando com a prefeitura sem as devidas consultas em assembleias. Um dos porta-vozes da comissão de greve, Alexandre Paes, informou que um novo protesto está marcado para esta tarde na Central do Brasil, no centro da cidade.

;Essas demissões foram uma covardia, mas nós não desistiremos. Estamos aqui na Central do Brasil e vamos protestar e a greve vai continuar;, disse.

Os grevistas reivindicam aumento do salário, que atualmente é R$ 803 para R$ 1,2 mil, aumento do tíquete-refeição de R$ 12 para R$ 20 por dia, a volta do pagamento do triênio e do quinquênio, ;que nos foram tirados; entre outras reivindicações, algumas já atendidas pela contra-proposta, como o auxílio-creche para ambos os sexos.

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