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História da luta pela terra no estado do Rio será contada em livro

Livro terá também registro de imagens e depoimentos de lideranças comunitárias e personagens importantes de assentamentos urbanos e rurais

postado em 11/03/2014 17:51
Responsável pela solução de conflitos fundiários no estado, o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (Iterj), vinculado à Secretaria de Estado de Habitação, vai publicar a memória da luta pela terra no território fluminense. O livro terá também registro de imagens e depoimentos de lideranças comunitárias e personagens importantes de assentamentos urbanos e rurais.

O projeto é fruto de uma parceria com o centro universitário Unisuam, que ficará a cargo da editoração, da diagramação do projeto e da parte audiovisual. A elaboração do texto, a captação das entrevistas, a logística de locomoção e a pesquisa ficarão por conta do Iterj. O termo de cooperação técnica será assinado amanhã (12/3) à tarde, no centro cultural da instituição de ensino, em Bonsucesso, zona norte da capital.

A presidenta do Iterj, Mayumi Sone, explicou que a publicação pretende valorizar e reconhecer o processo de luta de vários cidadãos pelo direito fundamental à moradia decente. ;Uma comunidade não nasce por acaso. Toda regularização fundiária, rural ou urbana, tem uma história, cada local tem sua história. É importante levar esse conhecimento para a população e para as comunidades que assentamos ou regularizamos,; contou ela.

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A presidenta do instituto adiantou que o trabalho de pesquisa, com entrevistas, já começou, e que o projeto deve levar cerca de um ano para ser concluído. A pesquisa começa a partir da criação do instituto, há 23 anos. As comunidades mais antigas da capital fluminense, como as do Vidigal, da Rocinha, zona sul, e do Alemão, zona norte, onde a luta pela terra começou na década de 1960, estarão contempladas no livro. ;Gostaríamos de incluir todos, mas não será possível, talvez em uma segunda etapa. Estamos selecionando os que têm um histórico mais antigo;, explicou.

Mayumi disse que, desde 2012, o estado tem concedido em média mais de 10 mil títulos de posse e propriedade. Cerca de 900 comunidades estão no programa de regularização fundiária de interesse social Nossa Terra, que garante a legalização da terra e da moradia para famílias de renda mais baixa. Nos últimos quatro anos, o Iterj já entregou 22.955 títulos e outros 63.580 processos encontram-se em fase de conclusão.

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