Brasil

Dono de posto no DF é preso em operação contra lavagem de dinheiro

Duas prisões preventivas foram feitas no DF

Jacqueline Saraiva
postado em 17/03/2014 12:00

A Polícia Federal prendeu preventivamente três suspeitos, no Distrito Federal, suspeitos de participação em organizações criminosas que teriam lavado uma quantidade superior a R$ 10 bilhões, segundo informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf/MF), obtidas pela PF. Um deles é Carlos Chater, dono de um dos maiores postos de combustíveis da área central de Brasília, próximo à Torre de TV, onde também funciona uma lavanderia e uma casa de câmbio. Ele é ligado ao doleiro Fayed Antoine Traboulsi.


Presos foram levados para a PF: carros de luxo e jóias foram apreendidos durante a operação

A Operação, intitulada Lava-Jato, foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (17/3) em mais seis estados. Só no DF foram expedidos seis mandados de prisão preventiva: três cumpridas aqui; uma em Balneário Camboriú (SC); e outra no Rio de Janeiro. Um suspeito está foragido.

No total foram cumpridos 81 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária e 19 mandados de condução coercitiva, em 17 cidades: Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná; São Paulo, Mairiporã, Votuporanga, Vinhedo, Assis e Indaiatuba, em São Paulo; Brasília, Águas Claras e Taguatinga Norte, no Distrito Federal; Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Rio de Janeiro; e Cuiabá, no Mato Grosso. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no Estado do Paraná.



Bens apreendidos

Vários carros de luxo, jóias e relógios foram apreendidos nas cidades. Mandados de sequestro de hotéis foram cumpridos em Londrina (PR), São Paulo e Porto Seguro (BA) e os prédios foram lacrados pela polícia. Até obras de arte foram apreendidas, no Paraná.

Obras de arte foram apreendidas no Paraná

Além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil, o grupo é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e desvio de recursos públicos. O nome da operação é uma menção ao fato de que o bando usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores sem levantarem suspeitas.

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