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Cabral diz que policiais agiram de forma repugnante e desumana na Congonha

Ele ressaltou que a atitude dos policiais contraria os princípios básicos que devem nortear o comportamento da polícia e, por isso mesmo, eles não ficarão impunes

postado em 18/03/2014 16:16
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse nesta terça-feira (18/3) que os três policiais do 9; Batalhão da Polícia Militar (BPM) que atiraram contra Cláudia da Silva Ferreira, durante operação no Morro da Congonha, em Madureira, zona norte da cidade, na manhã de domingo, e depois arrastaram o corpo pendurado na mala de um camburão, "agiram de forma repugnante, desumana e vão responder criminalmente pela barbárie cometida".

[SAIBAMAIS]Cabral ressaltou que a atitude dos policiais contraria os princípios básicos que devem nortear o comportamento da polícia e, por isso mesmo, eles não ficarão impunes. ;O que nós vimos ali foi uma atitude completamente desumana: do atendimento à forma como ela foi colocada na viatura. A barbaridade da queda - enfim uma cena completamente abominável. E eles vão responder por isso. Não haverá impunidade. Eles já estão presos e vão responder pela barbaridade;.

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Depois de ver as imagens de televisão, o governo disse ter ficado com ;uma sensação de choque, repugnância e perplexidade". Ele enfatizou que os policiais estão presos e vão responder pela barbárie, mas falou da necessidade de lembrar a todos que "a esmagadora maioria da polícia é contrária a ações desse tipo, e nós, nesses sete anos e três meses juntos, estamos fazendo grande esforço para pacificar comunidades e reduzir os índices de criminalidade;.

Sérgio Cabral lembrou que mais de 1 mil policiais foram punidos e afastados por conduta imprópria, durante seu governo, e garantiu que no caso da morte da auxiliar de serviços gerais Claudia da Silva Ferreira, "os envolvidos também terão que responder por todos os erros cometidos, e não apenas pela forma como a vitima foi conduzida". Cabral reafirmopu que a Polícia Militar (PM) vai investigar, a sociedade vai cobrar: "Nós estamos em um estado de direito democrático: tem investigação, tem ação, tem Justiça e tem punição". Mas "é evidente que eles [policiais] também têm direito de defesa;.

O governador não acredita que o ocorrido afete a confiança da população no trabalho que a polícia vem realizando, principalmente nas comunidades pacificadas. ;O que a gente viu foi absolutamente desumano, mas eu não acredito que isto venha a abalar a confiança da sociedade na polícia. Eu tenho certeza absoluta de que a população reconhece o trabalho da polícia, e a forma como a comunidade da Vila Kennedy recebeu e celebrou a chegada da pacificação é uma prova dessa confiança.;

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