Brasil

São Paulo e Osasco iniciam ação conjunta de combate ao mosquito da dengue

Além do recurso da nebulização para eliminação de possíveis criadouros de mosquitos, equipes distribuirão coberturas para caixas d'água

postado em 07/04/2014 14:51
O aumento na incidência de casos de dengue em bairros da zona oeste da capital paulista e em áreas localizadas em Osasco, município vizinho, levaram as duas cidades a iniciar nesta segunda-feira (7/4) um trabalho conjunto de combate aos criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

A ação desenvolvida pela Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) está sendo executada por cerca de 60 agentes de zoonoses distribuídos nos bairros do Jaguaré, no lado da capital, e Presidente Altino e Parque Continental, em Osasco. Além do recurso da nebulização (fumacê) para eliminação de possíveis criadouros de mosquitos, as equipes distribuirão coberturas para caixas d;água ; uma tela fina para evitar a proliferação de larvas do mosquito. Segundo a prefeitura, trata-se de uma alternativa temporária enquanto o morador providencia a tampa definitiva.

De acordo com a prefeitura, a incidência de dengue aumentou também nos bairros da Lapa e do Rio Pequeno, na zona oeste; no Tremembé, na zona norte; e na Vila Jacui, na zona leste. Desde o começo do ano, os registros de casos cresceram 15,4% na capital em comparação com o mesmo período do ano passado, com um total de 1.166 casos notificados pelas unidades de saúde.



Segundo as autoridades, os números correspondem a 10,4 casos a cada 100 mil habitantes, o que é considerado baixa incidência pelo Ministério da Saúde, diz a Secretaria Municipal da Saúde. Ao longo de todo o ano passado, foram notificados 2.617 casos e índice de 23,2 a cada 100 mil habitantes. O secretário da Saúde, José de Filippi Jr, disse que a medida tem caráter preventivo. ;Temos de estar sempre com precaução para não deixar que o índice superar esse patamar baixo;, destacou o secretário.

Ele observou que a ausência de chuvas no verão atrasou o aparecimento e a transmissão da doença, já que as larvas do Aedes aegypti dependem da água para chegar à fase adulta, quando o mosquito se torna transmissor da doença.

Só nos bairros da Lapa e do Jaguaré, já foram feitos 230 bloqueios de criadouros (cada bloqueio equivale em média a nove quarteirões e 500 imóveis) e 224 de nebulização (aparelho costal), informou a secretaria. Houve ainda três operações Cata-Bagulho para evitar a formação de criadouros. Foram também distribuídos panfletos com orientações em 272 mil imóveis e feitas 120 mil visitas a casas e nebulização em 11 mil imóveis.

Os surtos apareceram em cinco dos 98 distritos da capital. Os casos somaram 208, no bairro do Jaguaré,112 na Lapa e 114 no Rio Pequeno. Na zona norte, o Tremembé acumula 38,5 casos por 100 mil habitantes e a Vila Jacuí, na zona leste, 30,2 ocorrências.

De acordo com a Secretaria da Saúde, em todo o estado, houve queda de 83% na incidência da dengue desde o começo do ano. Até agora, foram registrados 18.445 casos ante 107.739 no mesmo período do ano passado.

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