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Com 1.600 homens, Polícia Militar desocupa prédio no Rio de Janeiro

Para tentar controlar a situação, a PM cercou todo o entorno da Rua 2 de Maio, e todos estão a uma distância de mais de mil metros do ponto de desocupação

postado em 11/04/2014 08:12
A Polícia Militar (PM) está com cerca de 1.600 homens na região do Engenho Novo, na zona norte do Rio, para cumprir a reintegração de posse determinada pela Justiça para retirar os cerca de 5 mil moradores que ocupam o terreno há 11 dias. No início, a ocupação foi pacífica, mas pouco depois das 6h30, o grupo começou a reagir e jogou um coquetel-molotov contra os militares.

Os invasores que ainda resistem à desocupação puseram fogo dentro do terreno e há muita fumaça negra saindo do prédio da Oi/Telemar. Os policiais estão atirando bombas de efeito moral e tiros com balas de borracha para afastar os manifestantes que insistem em não deixar a área. Uma equipe do Corpo de Bombeiros do Quartel do Méier está nas proximidades, mas ainda não chegou a entrar no prédio, por medida de segurança.

A todo momento, os manifestantes atiram pedras e coqueteis molotov contra os militares. Para tentar controlar a situação, a PM cercou todo o entorno da Rua 2 de Maio, e todos estão a uma distância de mais de mil metros do ponto de desocupação. No terreno, há famílias formadas por marido e mulher e até oito filhos. Há muitas crianças e idosos em cadeiras de rodas que tiveram de ser retirados às pressas devido à grande quantidade de fumaça que sai da parte alta do prédio. Uma mulher grávida, prestes a dar à luz, e uma senhora foram levadas para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Rua Souza Barros.

A PM conta também com dois helicópteros para dar apoio à ação da tropa. As ruas 2 de Maio, Souza Barros e Baronesa do Engenho Novo estão interditadas ao tráfego. O local conhecido como Buraco do Padre, também no Engenho Novo, foi fechado ao tráfego. Os motoristas devem evitar a região. Há reflexos no trânsito, até bem distante do local, porque os motoristas são obrigados a desviar para chegar ao centro da cidade. A Rua Ana Néri, no Jacaré, e a Avenida Marechal Rondon, uma das principais ligações em direção ao centro, estão com o tráfego completamente congestionado.

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Como o local é cercado pelas favelas do Rato Molhado e do Jacaré, onde há unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o policiamento foi reforçado na região. Um policial militar foi ferido na cabeça por uma pedrada.

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