postado em 15/04/2014 23:02
Cerca de mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar (PM), participaram na noite de hoje (15) do quinto ato Se Não Tiver Direitos, Não Vai Ter Copa. Os manifestantes se concentraram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e saíram em passeata pela Avenida Paulista, região central da capital.Carregando faixas e animados por tambores, os manifestantes seguiram, apesar da chuva, por toda Avenida Rebouças e em direção ao Butantã. Na Avenida Vital Brasil, a PM registrou a depredação de duas agências bancárias. Segundo a PM, 54 pessoas foram detidas "por promoverem a desordem".
No início no protesto, o major Genivaldo Antônio, comandante do policiamento que acompanhou o ato, tentou conversar com os manifestantes para negociar o trajeto e evitar confrontos. De acordo com ele, cerca de 800 homens foram mobilizados em função da passeata.
Participaram da manifestação representantes de movimentos sociais, como o Território Livre e o Fórum Popular de Saúde, e simpatizantes de partidos políticos, como PSOL e PSTU. A principal crítica são os gastos para o mundial.
;O Estado brasileiro, mais uma vez submisso ao interesse internacional, gasta nosso dinheiro para fazer a Copa dos ricos. Ao invés de hospitais e leitos, construíram estádios e arquibancadas; ao invés de remédios, fizeram investimentos milionários em hospitais particulares e empresas privadas;, diz o texto que chamava para o protesto no Facebook.
Militante do Território Livre, Rafael Padial disse que o movimento, formado por estudantes, apoiou a manifestação para que a mobilização ajude a sociedade brasileira a inverter as prioridades das políticas públicas. ;Não é contra o futebol. Todo mundo gosta de futebol. A questão é: quais são as prioridades do governo e de quem manda na economia brasileira? É atender aos problemas das população ou às necessidades lucrativas de grandes empresas?;, questionou. ;A gente é contra a Copa para inverter as prioridades;.
O confeccionista de jeans Valdemar Silveira, 24 anos, disse que além de discordar da aplicação de recursos públicos no evento, também protestava contra as remoções de comunidades em ações ligadas às obras da Copa. ;Principalmente da forma como elas foram removidas;, enfatizou sobre a violência policial usada nos despejos.