Brasil

Polícia busca pista que ligue pai ao assassinato do menino Bernardo

Depoimento de Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta de Bernardo, não incrimina Leandro, que tem forte álibi

postado em 21/04/2014 07:00
Gracielle e Leandro: por enquanto, as provas colhidas pela polícia gaúcha incriminam apenas a madrasta

A chave para desvendar os mistérios que ainda cercam a morte de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, pode estar na quebra dos sigilos bancários do casal Leandro Uglione e Gracielle Ugulini, pai e madrasta do menino. Após o depoimento da assistente social Edelvânia Wirganovicz, que alegou ter recebido uma proposta de Gracielli de R$ 96 mil para ajudá-la a matar e a enterrar o garoto, a polícia trabalha para ligar o pai do menino ao assassinato. Os três estão presos há uma semana.

Os indícios contra Leandro Uglione se baseiam, principamente, na falta de cuidado com o filho, na forma indiferente com que o tratava. A ex-babá de Bernardo, vizinhos e pais de amigos da criança relataram o descaso do médico com a criança, órfã de mãe desde 2010. O relacionamento difícil entre pai e filho levou Bernardo a pedir à Justiça que fosse viver com a avó, Jussara Uglione. Um juiz, porém, negou o pedido após uma audiência com o pai e a madrasta. Após o desaparecimento, Boldrini acionou a polícia, mas continuou frio perante os fatos. Foi preso assim que localizaram o corpo do menino.



O depoimento de Edelvânia, porém, não incrimina Boldrini. A polícia quer saber, porém, se houve algum saque expressivo da conta bancária do casal. Isso porque Edelvânia disse à polícia que receberia, a princípio, R$ 20 mil de Gracielli para ajudar a matar o menino. Esse valor subiria depois para R$ 96 mil, quantia que corresponde à dívida que a assistente social têm em relação ao apartamento em que mora, segundo depoimento ao qual o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, teve acesso.

A polícia também trabalha com a hipótese de o dinheiro ter sido movimentado apenas na conta individual da madrasta, o que dificultaria ainda mais fazer a ligação do pai com o assassinato.

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