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Parada do Orgulho LGBT protesta na capital paulista contra homofobia

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvati, disse que a comunidade LGBT deve aproveitar a mobilização conseguida com a parada para pressionar o Parlamento pela aprovação de projetos contra o preconceito

postado em 04/05/2014 14:32
No início da tarde de hoje (4), os trios elétricos animavam o público que chegava à Avenida Paulista, região central da capital, para a 18; Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Um dos maiores eventos em prol da diversidade sexual do mundo, neste ano a parada sai as ruas com o lema: ;País vencedor é país sem homolesbotransfobia. Chega de mortes!”.

;O que querem os gays na avenida que é o maior símbolo do capital? Nós queremos respeito. Queremos dignidade;, sintetizou o sócio-fundador da associação da parada, Nelson Matias, sobre o espírito do evento. ;Amar quem eu quero é um direito de foro íntimo. A sociedade tem que respeitar e o governo, garantir;, acrescentou ao participar da entrevista coletiva de abertura do evento.

[SAIBAMAIS]

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvati, disse que a comunidade LGBT deve aproveitar a mobilização conseguida com a parada para pressionar o Parlamento pela aprovação de projetos contra o preconceito. ;Vocês colocam 2 ou 3 milhões de pessoas na rua. Vocês precisam transformar isso em votos no Congresso Nacional. Porque essa imagem de poder do homem branco, rico e hétero está instalada lá;, ressaltou a ministra.

Ideli manifestou apoio ao Projeto de Lei 122 de 2006, que tipifica a homofobia como crime, uma das principais bandeiras da parada.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, destacou que, apesar do clima festivo, a parada ainda remete a temas de grande seriedade. ;Nós entendemos que isso aqui é uma parada cívica. Para nós, infelizmente, ainda não é uma festa;, disse o prefeito, que lembrou as ;atrocidades; cometidas por pessoas que têm preconceito.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aproveitou o momento para anunciar a instalação da sede do Museu da Diversidade Sexual, na Avenida Paulista. A instituição funciona atualmente na Estação República do metrô, onde recebeu cerca de 35 mil visitantes ao longo do ano passado.

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O governo trabalha agora para a desapropriação indireta de um casarão do século 19, remanescente do início da ocupação da região. ;Quem passar na Paulista vai ver uma casa em mau estado. Mas ela será restaurada para ser o Museu da Diversidade;, anunciou o governador.

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