Brasil

Manifestantes protestam contra fim de projetos ambientais no Rio

Protesto foi realizado contra o encerramento de empresas pelo atual secretário estadual do Ambiente, Carlos Portinho, sem nenhuma justificativa

postado em 06/05/2014 13:14
Cerca de 30 pessoas, entre funcionários, alunos e simpatizantes de projetos da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), fizeram uma manifestação nesta terça-feira (6/5) contra o encerramento das atividades dos programas implementados para os moradores das comunidades da Ladeira dos Tabajaras, na zona sul, e do Fogueteiro, na região central da capital fluminense.

O protesto aconteceu na calçada em frente a sede da SEA, na zona portuária da cidade, e contou com cartazes, bateria de samba e um carro de som. De acordo com os manifestantes, os projetos Fábrica Verde, EcoBuffet, EcoModa, e Comunidades Verdes foram encerrados pelo atual secretário estadual do Ambiente, Carlos Portinho, sem nenhuma justificativa.

;Esse projeto, no núcleo do Fogueteiro, pegou, especificamente, as pessoas de mais idade. Elas foram profissionalizadas, tiveram um curso e assim que começaram a engrenar, a nova gestão resolveu encerrar o projeto sem dar nenhuma explicação: ;não deixem mais ninguém vir porque vocês não recebem mais salário a partir de hoje;", explicou a coordenadora do projeto Comunidades Verdes, Cintia Luna.



Segundo Cintia, o projeto na comunidade do Fogueteiro começou em outubro de 2012 e foi renovado em 2013, com término previsto para outubro de 2014. Porém, por meio de um telefonema da SEA, o programa foi encerrado no dia 10 abril. Esses projetos realizados nas duas comunidades envolviam mais de 100 pessoas. O Fábrica Verde, por exemplo, lidava com reciclagem de tecnologia para montagem de novos computadores e também oferecia qualificação e montagem e manutenção de equipamentos. O EcoBuffet oferecia curso em técnica de culinária com aproveitamento integral de alimentos, como biscoitos; o EcoModa, oferecia formação em corte e costura e desenho de moda com modelagem, além de utilizar retalhos e sobras de tecidos para a criação de bolsas, roupas e acessórios.

;Ele [o projeto] estava profissionalizando as pessoas de dentro da comunidade, resgatando lixões e tranformando em jardins comunitários, que eram cuidados pelas pessoas. Hoje, sem esse projeto, a gente não tem como remunerar as pessoas para cuidarem desses jardins, que vão voltar a ser lixões. Foi muito antiético. Eles deveriam explicar o porquê do encerramento do projeto", concluiu. A Secretaria Estadual do Ambiente ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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