Brasil

PF investiga retirada ilegal de madeira em terras indígenas de MT

andados judiciais também estão sendo cumpridos nos estados de Rondônia, São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina

postado em 07/05/2014 12:28
  • Brasil

    PF investiga retirada ilegal de madeira em terras indígenas de MT

    andados judiciais também estão sendo cumpridos nos estados de Rondônia, São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina

    postado em 07/05/2014 12:28
    Policiais federais participam desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (7/5) de uma operação de combate à exploração ilegal de madeira em duas áreas indígenas do noroeste de Mato Grosso. Mandados judiciais também estão sendo cumpridos, pelos 236 agentes, nos estados de Rondônia, São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina.

    [SAIBAMAIS]Ao todo, a Justiça Federal de Juína (MT) expediu 67 mandados de busca e apreensão; 28 de condução coercitiva e nove de prisão preventiva (sete deles em Mato Grosso e dois em Rondônia). A Operação Kalupsis (do grego acobertar, encobrir) também conta com a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), cujos servidores estão fiscalizando algumas das madeireiras onde policiais cumprem os mandados judiciais.



    Segundo as primeiras informações divulgadas pela assessoria da PF, a operação é resultado de investigações iniciadas pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente, em fevereiro de 2013. Durante a apuração, PF e Ibama identificaram que a madeira vinha sendo ilegalmente cortada e retirada do interior de duas áreas indígenas (Arara Rio Branco e Aripuanã) do noroeste mato-grossense. A operação criminosa era acobertada mediante a transferência de créditos florestais fictícios e fraudulentos.

    De acordo com informações no site do Ibama, os créditos servem para acompanhar todo produto florestal desde a origem até o destino final, comprovando a origem lícita da madeira existente em um estabelecimento ou em transporte. Dessa forma, toda a madeira armazenada no pátio de uma serraria ou madeireira deve estar devidamente registrada nos sistemas de controle florestal do Ibama (Sisdof).

    Fraudes ao sistema como a apurada pela Operação Kalupsis não são uma novidade. Em novembro de 2013, o Ibama e a Força Nacional apreenderam, também na cidade de Aripuanã (MT), quatro caminhões com madeira nativa retirada ilegalmente da mesma terra indígena, a Arara do Rio Branco. Em dezembro do ano passado, a PF deteve dezenas de pessoas no Maranhão, onde deflagrou a Operação Nuvem Negra. Na ocasião, o Ibama divulgou que, só em 2013, quase 500 mil metros cúbicos de madeira haviam entrado no Maranhão e no Pará com a apresentação de certidões ;esquentadas;. O volume é suficiente para encher 14 mil caminhões de transporte desse tipo de material.

    O diretor de Fiscalização do Ibama, Luciano Evaristo, explicou à Agência Brasil na época, que os criminosos entravam no sistema do órgão ambiental e simulavam transações comerciais usando a senha de empresas autoriazadas pelo governo para comercializar madeira. Feito isso, os fraudadores criavam uma situação fictícia de venda, passando o crédito de licença para uma empresa fantasma.

    O departamento de comunicação social da PF em Mato Grosso informou que vai divulgar um balanço preliminar da operação nas próximas horas.

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    Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
Policiais federais participam desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (7/5) de uma operação de combate à exploração ilegal de madeira em duas áreas indígenas do noroeste de Mato Grosso. Mandados judiciais também estão sendo cumpridos, pelos 236 agentes, nos estados de Rondônia, São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina.

[SAIBAMAIS]Ao todo, a Justiça Federal de Juína (MT) expediu 67 mandados de busca e apreensão; 28 de condução coercitiva e nove de prisão preventiva (sete deles em Mato Grosso e dois em Rondônia). A Operação Kalupsis (do grego acobertar, encobrir) também conta com a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), cujos servidores estão fiscalizando algumas das madeireiras onde policiais cumprem os mandados judiciais.



Segundo as primeiras informações divulgadas pela assessoria da PF, a operação é resultado de investigações iniciadas pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente, em fevereiro de 2013. Durante a apuração, PF e Ibama identificaram que a madeira vinha sendo ilegalmente cortada e retirada do interior de duas áreas indígenas (Arara Rio Branco e Aripuanã) do noroeste mato-grossense. A operação criminosa era acobertada mediante a transferência de créditos florestais fictícios e fraudulentos.

De acordo com informações no site do Ibama, os créditos servem para acompanhar todo produto florestal desde a origem até o destino final, comprovando a origem lícita da madeira existente em um estabelecimento ou em transporte. Dessa forma, toda a madeira armazenada no pátio de uma serraria ou madeireira deve estar devidamente registrada nos sistemas de controle florestal do Ibama (Sisdof).

Fraudes ao sistema como a apurada pela Operação Kalupsis não são uma novidade. Em novembro de 2013, o Ibama e a Força Nacional apreenderam, também na cidade de Aripuanã (MT), quatro caminhões com madeira nativa retirada ilegalmente da mesma terra indígena, a Arara do Rio Branco. Em dezembro do ano passado, a PF deteve dezenas de pessoas no Maranhão, onde deflagrou a Operação Nuvem Negra. Na ocasião, o Ibama divulgou que, só em 2013, quase 500 mil metros cúbicos de madeira haviam entrado no Maranhão e no Pará com a apresentação de certidões ;esquentadas;. O volume é suficiente para encher 14 mil caminhões de transporte desse tipo de material.

O diretor de Fiscalização do Ibama, Luciano Evaristo, explicou à Agência Brasil na época, que os criminosos entravam no sistema do órgão ambiental e simulavam transações comerciais usando a senha de empresas autoriazadas pelo governo para comercializar madeira. Feito isso, os fraudadores criavam uma situação fictícia de venda, passando o crédito de licença para uma empresa fantasma.

O departamento de comunicação social da PF em Mato Grosso informou que vai divulgar um balanço preliminar da operação nas próximas horas.

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