postado em 09/05/2014 08:38
Dentre as grandes canções do repertório do cantor Jair Rodrigues de Oliveira, Disparada é a predileta do operário Antônio Vilmo, um dos trabalhadores empenhados nos últimos preparativos da reforma da Torre de TV. Vilmo cantarolou trechos da letra sobre o tratamento dispensado a um rebanho de gado com devoção. ;Eu lembro quando essa música estourou antigamente. Sempre gostei do Jair;, recorda Vilmo, que soube da morte do ídolo apenas ontem à tarde.
Apresentada na voz de Rodrigues em 1966 durante um festival da TV Record, Disparada saiu vencedora. O cantor e professor da Escola de Música de Brasília Marcos Bassul aponta as dificuldades técnicas da música, uma canção de protesto feita em metáforas. ;Ela tem uma tessitura vocal muito grande, com graves e agudos. É preciso encontrar a região apropriada;, definiu.
Acompanhado dos instrumentistas João Marinho e Felipe Pessoa, o flautista Toninho Alves classifica a música como uma composição de gênero misto, ;mistura entre aboio e baião;. Sem termos técnicos, a estudante Lívia Faria de Lima definiu a canção da mesma direção do profissional. ;Conheço a música em ritmo de forró;, diz.
[SAIBAMAIS]O bandolinista Ian Coury, de apenas 12 anos, fala da dedicação para tocar Disparada. ;Precisei ensaiar duas horas por dia durante duas semanas;, relembra. Alunos do Clube do Choro, acompanhados de Sivuquinha, fizeram uma interpretação exclusiva da música para o Correio, assim como outros artistas profissionais e não profissionais da cidade