postado em 12/05/2014 20:02
Em cerimônia na cidade mineira de Ipatinga, a presidente Dilma Rousseff assinou a ordem de serviço que dá início à duplicação da BR-381/MG, afirmando que o governo federal recuou da proposta de adotar o regime de concessão e decidiu duplicar e promover as melhorias da rodovia por meio de obra pública.
;No passado, nós pensamos em colocar esta rodovia, este trecho, em concessão. O governo federal recuou dessa proposta e vai refazê-la por meio do sistema de obra pública, no qual a gente coloca o dinheiro a fundo perdido, porque pelo trecho de duplicação nós teríamos uma taxa de pedágio muito alta;.
A mudança ocorreu em 2010, quando o governo decidiu cancelar a licitação para duplicar a BR-381, que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, em Minas Gerais, e, de acordo com a presidenta, foi responsável pelo atraso no início da obra. Contando com outras intervenções ao longo do trajeto, como a construção de túneis e pontes, a duplicação de 303 quilômetros da rodovia custará, ao todo, R$ 2,5 bilhões.
Dilma Rousseff disse que o modelo de concessão foi adequado para outras vias, que conseguiram alcançar valores baixos de pedágio e têm ;as menores concessões cobradas neste país;. Contratos de concessão foram assinados, no início deste ano, para as obras das BRs-060/153/262, do Distrito Federal, de Goiás e de Minas Gerais, respectivamente.
A presidente defendeu a importância da obra na BR-381/MG, lembrando, pelo Twitter, que o trânsito intenso e o traçado perigoso da BR fez com que ela ficasse conhecida como rodovia da morte. Durante a assinatura da ordem de serviço, ela destacou que a região do Vale do Aço em Minas, é importante produtora de matérias primas para as indústrias automobilística e naval.
;A maior importância dela não é para produtos, é para pessoas, [para] garantir a vida, mas também a qualidade de vida. Garantir que uma região que é considerada uma das mais importantes do país em matérias de produção tenha a sua infraestrutura adequada;, afirmou.
Dilma avaliou também que a entrega de obras como a de modernização do anel rodoviário e o metrô de Belo Horizonte depende dos outros federados. ;Se tiver atrasado, eu sugiro que se cobre o governo de Minas Gerais também, e não só o governo federal; disse.
A presidenta afirmou ainda que os anéis rodoviários passaram a ser fundamentais para o governo federal, já que, com o crescimento das cidades, as estradas integraram os sistemas urbanos e, com isso, o transporte de cargas passou a prejudicar o trânsito.