Diário de Pernambuco
postado em 14/05/2014 15:51
A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) mantém sua rotina operacional normal nesta quarta-feira (14/5). A informação foi repassada esta manhã pela assessoria de comunicação da corporação.
Os assessores dizem desconhecer o possível deslocamento de cerca de 300 homens da Companhia de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac) para o reforço do policiamento na Região Metropolitana do Recife (RMR) , diante da greve dos bombeiros e policiais militares, deflagrada na noite desta terça-feira.
Um possível esquema extraordinário ainda não teria sido formalizado na corporação. Ontem, o governo do estado garantiu que a população não ficará desassistida durante a paralisação.
De acordo com o comando de greve, a adesão à paralisação atinge 80% da categoria em Pernambuco. Segundo os grevistas, caravanas do interior estariam seguindo em direção ao Recife, para engrossar a manifestação.
Esta manhã, o comandante-geral da Polícia Militar de Pernambuco, coronel José Carlos Pereira, reuniu-se com o governador João Lyra. De acordo com uma fonte oficial da Polícia Militar, que não quis se identificar, após o encontro no Palácio do Campo das Princesas, o comandante deve seguir para o Quartel do Derby para se reunir com os comandantes da corporação no estado.
[SAIBAMAIS]O oficial não confirmou os boatos que surgiram pelas redes sociais esta manhã, de que o comandante geral teria entregue o cargo ao governador. Na PM há 29 anos, o coronel Carlos Pereira, que antes exercia a função de diretor integrado do Interior II, substitui o coronel Marcos Aureliano no mais alto cargo da corporação desde junho de 2013.
Na Praça da República, em frente ao Palácio, é grande a mobilização de grevistas. A categoria se reúne em assembleia para decidir se, durante a paralisação, ficará nos quartéis ou se acampa nas proximidades da sede do governo do estado.
De acordo com o movimento, liderado pelo soldado Joel e pela tenente coronel Conceição Antero, comandante do 19; Batalhão, os PMs que estão no local estariam de folga hoje, enquanto os de plantão estariam aquartelados.
Ainda não há sinalização para que uma comissão de grevistas seja recebida no Palácio. O impasse entre a categoria e o governo do estado continua. Os militares ainda aguardam resposta para a pauta de reivindicações, composta por 18 ítens, com destaque para o reajuste salarial de 50% para soldados e 30% para oficiais a partir de janeiro, melhores condições de trabalho e implantação do plano cargos e carreiras. O governo anunciou um reajuste de 14,55% a partir de junho.