Brasil

Greve de mais de 30 mil vigilantes do Rio de Janeiro entra no 22º dia

O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região já havia decretado a paralisação ilegal e determinou que a categoria mantenha 40% do efetivo trabalhando em cada local

postado em 16/05/2014 16:35
A greve dos 35 mil vigilantes do município do Rio de Janeiro entrou nesta (16/5) no 22; dia de paralisação. A desembargadora Angela Fiorêncio Soares da Cunha, do Tribunal Regional do Trabalho da 1; Região, decretou no dia 27 de abril, ilegal a greve e determinou que a categoria mantenha 40% do efetivo trabalhando em cada local, caso contrário o sindicato será multado em R$ 10 mil por dia.

De acordo com o Sindicato dos Vigilantes, a categoria está cumprindo o percentual determinado em lei nos aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim, na área central da cidade e na Ilha do Governador. De acordo com o diretor do sindicato, Sebastião Neto, 50 vigilantes trabalham diariamente no Santos Dumont, mas com a paralisação 40% do efetivo está atuando no saguão e outras dependências do prédio. "As pessoas que estão chegando ou saindo com bagagem devem ter o cuidado redobrado por causa da segurança no saguão. Os passageiros não podem se descuidar e deixar suas bolsas e malas longe de onde estiverem, devido ao número menor de seguranças", disse. Em decorrência da paralisação, agências bancárias estão fechadas ou funcionando com o número reduzido de vigilantes.



Os vigilantes reivindicam aumento no pagamento por trabalho nos dias de jogos nos estádios de futebol, principalmente no Estádio do Maracanã. Sebastião Neto disse que um vigilante recebe R$ 80 por jogo, e o sindicato quer R$ 180. "O segurança chega cedo no estádio, por volta das 10h, e só sai depois que o jogo acaba, por volta das 21h. Além disso, ele tem de pagar a refeição do seu próprio bolso. Com os jogos da Copa do Mundo no estádio, o profissional de vigilância tem de ser valorizado".

A categoria reivindica ainda 10% de reajuste salarial; aumento no valor unitário do tíquete-refeição de R$ 10 para R$ 20, entre outras cláusulas sociais. Os patrões oferecem 7% de reajuste e valor do tíquete de R$ 13.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Vigilância Patrimonial e Sistemas de Segurança (Sindesp-RJ) alega que o sindicato dos vigilantes estão descumprindo a decisão judicial,"pois o efetivo de 40% de trabalhadores, com mínimo de um vigilante nas agências bancárias, não está sendo cumprido". As empresas solicitaram ao Tribunal Regional do Trabalho a garantia do pagamento integral da multa por descumprimento da liminar da desembargadora, a penhora eletrônica nas contas bancárias do Sindicato dos Vigilantes, com ofício à Caixa Econômica para suspender todo e qualquer tipo de pagamento de contribuições sindicais dos associados.

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