postado em 20/05/2014 17:17
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse nesta terça-feira (20/5) esperar que a greve dos servidores da cultura acabe antes da Copa do Mundo. Ela afirmou que as negociações seguem em curso. ;Estamos na expectativa de uma solução;, declarou, em evento na cidade do Rio de Janeiro. Profissionais do setor estão paralisados desde o dia 12 deste mês. Treze dos 30 museus administrados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) tiveram atividades alteradas ou paralisadas. No Rio, das 18 unidades da cultura, apenas o Paço Imperial permanece funcionando.De acordo com a ministra, foram feitas três reuniões com os líderes da greve. No último encontro, quinta-feira (15/5), no Ministério do Planejamento, em Brasília, representantes do movimento se comprometeram a enviar uma contraproposta. ;Estamos aguardando o que as lideranças da greve vão encaminhar;, disse Marta. ;Sempre existe essa perspectiva (de encerrar a greve). Senão, não estaríamos fazendo tantas reuniões;, completou, ao sair de evento na Fundação Casa Rui Barbosa.
Segundo o diretor do Sindicatos do Trabalhadores do Serviço Público Federal no Rio de Janeiro (Sintrasef), André Angulo, o documento, com todas as reivindicações, foi entregue ontem (19) ao Ministério do Planejamento, em Brasília. Nele, os servidores pedem a revisão da tabela salarial, a implementação da gratificação de qualificação, a racionalização de cargos e a maior participação dos servidores na gestão do Ministério da Cultura e na elaboração de políticas públicas.
;São demandas que o governo já tinha prometido discutir desde 2007 e não discutiu;, afirmou Angulo. O Ministério do Planejamento alegou, por meio da assessoria de imprensa, que não há condições orçamentárias para reajuste de salário da categoria e pagamento de gratificações aos servidores.
Os grevistas fazem assembleia hoje em Brasília, em frente ao MinC, na Esplanda dos Ministérios, e amanhã no Rio, no Palácio Capanema, no centro, para discutir os rumos da paralisação. Hoje, eles protestam, a partir das 16h30, à frente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com os professores estaduais e municipais, também em greve.