postado em 21/05/2014 19:08
A intermitência no fornecimento de remédios para tuberculose na cidade do Rio de Janeiro preocupa organizações da sociedade que atuam na prevenção à doença. Na Rocinha ; bairro da zona sul com alto índice de infecção - o Fórum de Organizações Não Governamentais de Combate à Tuberculose no Estado do Rio denuncia que pacientes ficaram até 13 dias sem medicação, o que coloca em risco o tratamento e aumenta as chances de transmissão. A prefeitura nega interrupção no tratamento e assegura que os estoques foram regularizados nesta semana.
A presidenta do Grupo de Apoio aos Pacientes e ex-Pacientes de Tuberculose da Rocinha, Rita Smith, denuncia que o posto de saúde da comunidade, por duas vezes, em um período de 40 dias, ficou desabastecido. Segundo ela, pacientes interromperam o tratamento, por causa da dificuldade para conseguir pegar os remédios, que devem ser tomados diariamente. ;As pessoas são pobres, trabalham fora, teve greve dos ônibus, ou seja, por questões sociais muitas não conseguiram pegar e outras ficaram sem medicamento;, disse ela.
A prefeitura confirmou que teve problemas no abastecimento, mas ressalta que nenhum paciente ficou sem remédio. Segundo o subsecretário de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde, Daniel Soranz, a Secretaria Estadual de Saúde não fez o repasse previsto no prazo, o que obrigou a prefeitura a racionar a medicação para não prejudicar o atendimento. ;Recebemos três semanas atrás uma cota menor do que a prevista. Isso nos obrigou a distribuir medicamentos não para 30 dias, mas, sim, por semana;, disse. Na quinta-feira (15/5), ;a cota foi regularizada;, esclareceu.
O racionamento das pílulas, no entanto, favorece o abandono do tratamento, que deve ser seguido à risca até o fim, disse o presidente do Fórum de Ongs da Tuberculose, Roberto Pereira. ;As pequenas dificuldades, que para os gestores parecem bobagem, são as que provocam o abandono do tratamento. Para quem tem que ir todo dia ao posto buscar remédio, tomar remédio, ir trabalhar para sobreviver e voltar para o posto no outro dia são grandes dificuldades;, avaliou.
A presidenta do Grupo de Apoio aos Pacientes e ex-Pacientes de Tuberculose da Rocinha, Rita Smith, denuncia que o posto de saúde da comunidade, por duas vezes, em um período de 40 dias, ficou desabastecido. Segundo ela, pacientes interromperam o tratamento, por causa da dificuldade para conseguir pegar os remédios, que devem ser tomados diariamente. ;As pessoas são pobres, trabalham fora, teve greve dos ônibus, ou seja, por questões sociais muitas não conseguiram pegar e outras ficaram sem medicamento;, disse ela.
A prefeitura confirmou que teve problemas no abastecimento, mas ressalta que nenhum paciente ficou sem remédio. Segundo o subsecretário de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde, Daniel Soranz, a Secretaria Estadual de Saúde não fez o repasse previsto no prazo, o que obrigou a prefeitura a racionar a medicação para não prejudicar o atendimento. ;Recebemos três semanas atrás uma cota menor do que a prevista. Isso nos obrigou a distribuir medicamentos não para 30 dias, mas, sim, por semana;, disse. Na quinta-feira (15/5), ;a cota foi regularizada;, esclareceu.
O racionamento das pílulas, no entanto, favorece o abandono do tratamento, que deve ser seguido à risca até o fim, disse o presidente do Fórum de Ongs da Tuberculose, Roberto Pereira. ;As pequenas dificuldades, que para os gestores parecem bobagem, são as que provocam o abandono do tratamento. Para quem tem que ir todo dia ao posto buscar remédio, tomar remédio, ir trabalhar para sobreviver e voltar para o posto no outro dia são grandes dificuldades;, avaliou.
As organizações cobram que os governos informem quais medicamentos foram entregues e quanto tempo vão durar. ;Os remédios chegaram, mas como há essa intermitência, não sabemos se podem faltar de novo;, criticou Rita. Na comunidade da Rocinha, segundo dados mais recentes do governo do estado, a incidência da doença é de 300 casos para cada 100 mil habitantes.
O Ministério da Saúde confirmou que o envio de medicamentos para tuberculose ao estado do Rio de Janeiro foi feito normalmente em março e abril de 2014. Já a Secretaria Estadual de Saúde não esclareceu as razões do atraso no repasse da medicação à capital fluminense.A tuberculose é uma doença infecciosa que se não for tratada pode levar à morte. Atualmente, o estado do Rio tem a maior incidência de casos no país, por causa da elevada taxa na capital. No mundo, o Brasil está entre os países com mais casos de tuberculose, ao lado da Índia.
O Ministério da Saúde confirmou que o envio de medicamentos para tuberculose ao estado do Rio de Janeiro foi feito normalmente em março e abril de 2014. Já a Secretaria Estadual de Saúde não esclareceu as razões do atraso no repasse da medicação à capital fluminense.A tuberculose é uma doença infecciosa que se não for tratada pode levar à morte. Atualmente, o estado do Rio tem a maior incidência de casos no país, por causa da elevada taxa na capital. No mundo, o Brasil está entre os países com mais casos de tuberculose, ao lado da Índia.