Brasil

Brasil não cumprirá duas metas do milênio estabelecidas pela ONU

Governo comemora redução da mortalidade infantil, mas reconhece estar longe dos índices aceitáveis de óbitos maternos e de moradias precárias. Prazo para honrar os oito compromissos termina em 2015

Daniela Garcia
postado em 24/05/2014 09:04
O Brasil atingiu a meta de reduzir em dois terços os indicadores de mortalidade de crianças de até cinco anos, tratada no acordo ;Objetivos de Desenvolvimento do Milênio; com a Organização das Nações Unidas (ONU). A taxa, que era de 53,7 mortes por mil nascidos vivos em 1990, passou para 17,7 em 2011. Os números fazem parte do 5; Relatório Nacional de Acompanhamento, divulgado ontem pelo governo. A organização internacional aponta, no entanto, que o país deixará de conquistar duas das oito metas propostas para serem atingida até 2015.

A redução de morte materna, por exemplo, será um dos compromissos que não serão honrados, informa o documento. Na divulgação do relatório, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Néri, assumiu que o Brasil dificilmente chegará em 2015 com o máximo de 35 óbitos maternos a cada 100 mil nascimentos. Em 2011, a taxa era de 63,9. ;Esse é um desafio que permanece. Infelizmente, entre as mulheres do Brasil, é um hábito a cesariana, um método mais arriscado, em vez do parto normal;, disse. Outra meta que não será atingida é a que prevê redução da população em moradias adequadas. Dados de 2012 mostram que 36,6% dos brasileiros ainda habitam assentamentos precários.

O relatório detalha que a queda da incidência de mortalidade foi mais intensa na faixa etária de um a quatro anos. Atualmente, o problema está concentrado sobretudo nos primeiros 27 dias de vida do bebê. O documento também aponta que houve uma melhora das taxas em todas as regiões, mas de forma mais acentuada no Nordeste. Na região, o índice de mortalidade na infância caiu de 87,3, em 1990, para 20,7 óbitos por mil nascidos vivos, em 2011.

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